Monumentos da Serra de Sintra encerram no domingo devido ao calor

“Em consequência das condições meteorológicas adversas e risco de incêndio florestal muito elevado”, Câmara de Sintra limita acesso à serra e aos monumentos este domingo.

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Parque e Palácio Nacional da Pena estarão encerrados DR/PSML/WILSON PEREIRA

O acesso ao perímetro florestal da serra de Sintra, Lisboa, e aos monumentos locais estará encerrado no domingo, devido às condições meteorológicas que apontam para temperaturas altas e elevado risco de incêndio, anunciou a autarquia.

Numa nota enviada à agência Lusa, a Câmara Municipal de Sintra alerta que "em consequência das condições meteorológicas adversas e risco de incêndio florestal muito elevado, e por forma a garantir a salvaguarda do património natural e cultural e a segurança de pessoas e bens, o perímetro florestal da serra de Sintra estará encerrado entre as 00h00 e as 23h59 de domingo (06 de agosto)".

Estarão também "encerrados os monumentos localizados em zonas florestais", acrescenta.

Face a esta decisão do município, até às 23h59 de domingo, está proibido o acesso, a circulação e permanência no interior dos espaços florestais (pessoas e veículos), bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem.

"Exceptuam-se desta proibição os veículos de moradores e de empresas aí sediadas, veículos de socorro, veículos de emergência e das entidades integrantes do Sistema Municipal de Protecção Civil", explica a câmara.

Os monumentos de Sintra situados na área interdita permanecerão também encerrados, designadamente o Parque e Palácio Nacional da Pena, Castelo dos Mouros, Santuário da Peninha, Convento dos Capuchos, Chalet da Condessa D"Edla, parque e Palácio de Monserrate e a Quinta da Regaleira.

O Palácio Nacional da Vila de Sintra e o Palácio Nacional de Queluz permanecem abertos durante este período, sem qualquer alteração ao seu funcionamento habitual, informa o município de Sintra.

A autarquia lembra que a serra de Sintra "integra uma região de protecção classificada sensível ao risco de incêndio florestal, caracterizada por um elevado número de visitantes" e que, por este motivo, "torna-se fundamental acautelar a sua protecção, manutenção e conservação, considerados objectivos do interesse público, de âmbito mundial, nacional e municipal".

Adicionalmente, a autarquia informa que "não é permitida a realização de trabalhos em espaço rural e na envolvente de áreas edificadas com recurso a moto-roçadoras, corta-matos e destroçadores, todos os equipamentos com escape sem dispositivo tapa-chamas, equipamentos de corte, como motosserras ou rebarbadoras, ou a operação de métodos mecânicos que, na sua acção com os elementos minerais ou artificiais, gerem faíscas ou calor".

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou este sábado em aviso vermelho o distrito de Lisboa entre as 10h e as 18h de domingo devido ao calor, prevendo-se temperaturas entre 39 e 41 graus celsius.

Segundo o IPMA, no domingo e na segunda-feira, as temperaturas na cidade de Lisboa podem atingir valores entre 39 e 41 graus, enquanto a temperatura mínima irá variar entre 20 e 22 graus.

No comunicado, o IPMA indica que as condições meteorológicas em Portugal continente "deverão alterar-se significativamente" a partir de hoje, sendo esperado tempo quente e seco.

Assim, entre domingo e quinta-feira, a temperatura máxima deverá variar entre 35 e 40 graus na maior parte do território, "podendo atingir pontualmente 44 no interior".