Aldeia francesa pinta linhas cruzadas para travar condutores — mas está a desorientá-los

As linhas contínuas ondulantes foram traçadas na aldeia de Bauné, em Julho, a pedido do autarca.

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O autarca diz que as linhas não são definitivas, mas que estão a resultar Bastien Bgt/Facebool
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Na aldeia de Bauné, no oeste de França, os condutores estão obrigados a seguir um código da estrada diferente desde Julho, altura em que o presidente da câmara instituiu uma nova medida para garantir a segurança rodoviária de todos os habitantes.

Quem circular nesta localidade vai encontrar várias linhas contínuas brancas, sobrepostas e ondulantes, mesmo à entrada de um cruzamento principal. O objectivo, adianta o autarca Jean-Charles Prono, é chamar a atenção dos condutores e fazer com que diminuam a velocidade.

“É uma cidade de 1700 habitantes que tem três estradas municipais principais e, especificamente nesta zona, há duas. As pessoas conduzem depressa e é complicado fazer com que abrandem", justificou o governante, citado pela Euronews.

Segundo Jean-Charles Prono, o limite máximo de velocidade dentro da aldeia é de 20 quilómetros por hora, no entanto, é comum ver condutores a ultrapassar os 50. Em relação à intersecção de linhas, reforça que "não são definitivas”, mas foram a solução que encontrou para garantir a segurança de condutores e peões, especialmente os mais velhos.

Outra alternativa, essa sim prevista no código da estrada, seria colocar lombas à entrada do cruzamento, no entanto, a ideia foi rapidamente descartada uma vez que poderia causar demasiado ruído na aldeia.

“Quando vi [estas linhas] em Bauné pensei que era uma piada, mas não. Última oportunidade para fazer com que os automobilistas abrandem no centro da cidade”, comentou um utilizador no Facebook. Há também quem questione se os peões podem atravessar a rua em segurança e se a câmara municipal está autorizada a traçar linhas de trânsito que nada têm a ver com o código da estrada, uma vez que nem as autoridades o podem fazer.

O autarca, por sua vez, reconhece que o traçado pode desorientar os condutores, mas adianta que, por enquanto, a ideia “está a funcionar”.

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