A imagem foi obtida por um dos satélites Copernicus Sentinel-3 em 3 de Agosto de 2023, mostra uma vasta área com uma grande proliferação de fitoplâncton a norte da Península Escandinava, com mais de 200.000 km². O mar pintado de azul-turquesa visto do espaço.
"O fitoplâncton é constituído por organismos microscópicos semelhantes a plantas que flutuam nos mares e oceanos e que desempenham um papel vital no ecossistema marinho", refere o comunicado do Copérnico divulgado esta sexta-feira. A invasão de cor nas águas não é rara, mas é um fenómeno espectacular.
"No mar de Barents, uma região árctica sujeita a um delicado equilíbrio entre temperatura e salinidade, estes blooms são um fenómeno relativamente comum, particularmente durante os meses de Verão, quando a abundância de luz solar estimula o crescimento do fitoplâncton."
No passado dia 30 de Julho, o programa europeu de monitorização tinha já divulgado uma imagem semelhante captada a 26 de Julho de 2023, por um dos satélites Copernicus Sentinel-2. Desta vez, tratava-se do "bloom sazonal de fitoplâncton ao largo da costa oeste do Arquipélago de Svalbard, no oceano Árctico".
E lembravam: "Estas florescências desempenham um papel crucial nos ecossistemas marinhos, servindo como fonte primária de alimento para várias espécies marinhas, incluindo peixes e baleias."
Como se explica o aparecimento desta proliferação de organismos microscópicos semelhantes a plantas que se desenvolvem em águas ricas em nutrientes? "Estas florescências são frequentemente desencadeadas por uma combinação de factores, como o aumento da luz solar, temperaturas quentes e maior disponibilidade de nutrientes", explicam os cientistas do Copérnico.
Os satélites Copernicus Sentinel-3 permitem monitorizar a cor dos oceanos. "Esta monitorização é fundamental para compreender as alterações nos níveis de fitoplâncton e a saúde dos ecossistemas marinhos, fornecendo informações cruciais para a gestão sustentável dos recursos marinhos e a compreensão dos ciclos climáticos globais."