Mota Amaral diz que Montenegro procura um PSD contra "soluções xenófobas"

O antigo presidente da Assembleia da República quer um PSD na defesa da social-democracia, contra a xenofobia e o racismo. 

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Foi deputado antes do 25 de Abril, acompanhou o ocaso da ditadura durante a denominada primavera política prometida por Marcello Caetano e integrou a ala liberal de, entre outros, Sá Carneiro e Pinto Balsemão. Foi eleito para a Assembleia Constituinte e viveu os primeiros passos da democracia. Esteve à frente do governo regional dos Açores durante cinco mandatos, entre 1976 e 95, e foi presidente da Assembleia da República de 2002 a 2005. É recordista no exercício de funções públicas. Na década de 70 do século passado foi insultado pelo deputado Américo Duarte da UDP, e em Abril, na comemoração dos seus 80 anos de vida recebeu uma mensagem de Francisco Louçã.

Nesta entrevista ao P2 de Verão, percorre o seu vasto cartão-de-visita. Mantém-se firme na defesa da autonomia e é acutilante na denúncia das tentativas centralistas. Esteve com Jorge Moreira da Silva na corrida à liderança do PSD. Não comenta o desempenho do actual presidente, Luís Montenegro. “Não tenho acompanhado assim de muito perto”, argumenta.