Uma ópera-torre com vista para o mar

Paulo Pimenta
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Paulo Pimenta

Esta sexta-feira, em Esposende, quando o sol se esconder para lá da restinga da foz do Cávado, um estaleiro sem barcos há-de encher-se de mar. Num palco improvisado, entre velas ao alto e aprestos de pesca recolhidos pela costa, a ópera Torre da Memória concretiza meses de pesquisa com a comunidade e de produção de um espectáculo no qual a história colectiva – ou o de que dela lembramos – se faz arte.

Um naufrágio foi o mote para o libreto de Francisca Camelo, mas é muito mais o que, nas vozes e nos gestos ensaiados pelo encenador islandês Ivar Sverisson, ao som da partitura composta por João Ricardo, se pode ver e ouvir nesta produção do Quarteto Contratempus, com coros masculino e feminino recrutados entre a comunidade local.

Com entrada livre, sujeita à disponibilidade de lugares, a récita desta sexta-feira (21h30) é, para já, a única data de apresentação desta criação protagonizada por Teresa Nunes (soprano) e Miguel Leitão (tenor).

A ópera Torre da Memória tem como promotor o Município de Esposende e como parceiros o Fórum Esposendense e o Museu Marítimo de Esposende. O projecto foi também financiado pelo programa EEA Grants "Cidadãos Ativ@s", da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Bissaya Barreto. Abel Coentrão

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