Taxa de inflação homóloga na OCDE volta a descer em Junho, para 5,7%

Na zona euro, a inflação homóloga, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, caiu para 5,5% em Junho, contra 6,1% em Maio.

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Inflação desceu na zona euro, mas subiu na Alemanha para 6,4% Nelson Garrido
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A taxa de inflação homóloga na OCDE voltou a diminuir em Junho, situando-se em 5,7% face a 6,5% em Maio, com todos os países, excepto a Alemanha e o Japão, a registarem uma queda.

Num comunicado divulgado esta quinta-feira, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) sublinha que o número de países da organização que registaram uma inflação de dois dígitos desceu de nove em Maio para cinco em Junho.

A inflação da energia na OCDE continuou a descer em Junho, atingindo menos 9,6%, depois de se ter cifrado em menos 5,2% em Maio, e foi negativa em 27 países da OCDE, mas manteve-se acima dos 10% na Hungria, na Colômbia e na República Checa.

A inflação dos produtos alimentares na OCDE continuou a abrandar, para 10,1% em Junho, contra 10,9% em Maio, e manteve-se acima dos 10% em 26 países da organização.

A descida da inflação subjacente, que exclui os preços dos alimentos e da energia, para 6,6% em Junho, contra 6,9% em Maio, foi ligeiramente mais acentuada do que nos meses anteriores.

A inflação homóloga dos serviços, estimada com base na informação disponível para 33 países da OCDE, diminuiu para 5,4% em Junho, contra 5,7% em Maio.

Na zona euro, a inflação homóloga, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), caiu para 5,5% em Junho, contra 6,1% em Maio.

A inflação da energia e a inflação dos produtos alimentares continuaram a diminuir, enquanto a inflação subjacente aumentou ligeiramente.

A estimativa provisória do Eurostat para Julho aponta para uma nova descida da inflação homóloga na zona euro para 5,3%.

Estima-se que a inflação da energia na zona euro tenha voltado a diminuir em Julho, enquanto a inflação subjacente terá permanecido estável.

No G7, a inflação homóloga desceu para 3,9% em Junho, contra 4,6% em Maio.

A inflação caiu acentuadamente (ou seja, em mais de um ponto percentual) em Itália, na sequência de uma descida pronunciada da inflação da energia, e nos Estados Unidos, onde a inflação subjacente registou uma descida significativa.

A inflação também abrandou, mas em menor grau, em França, no Reino Unido e no Canadá, mas em contrapartida, aumentou na Alemanha para 6,4% em Junho, contra 6,1% em Maio, depois de três meses de descida, impulsionada por um aumento da inflação de base e por uma inflação energética estável.

Na Alemanha, parte deste aumento deve-se a um efeito de base decorrente das medidas de apoio de 2022 (o bilhete de nove euros para os transportes públicos e o desconto nos combustíveis).

No Japão, a inflação tem-se mantido globalmente estável, oscilando em torno de 3,3% desde Fevereiro, enquanto outros países do G7 apresentaram uma tendência descendente durante este período.

Os produtos não alimentares e não energéticos foram os principais contribuintes para a inflação global em todos os países do G7 em Junho.

No G20, a inflação homóloga diminuiu para 5,5% em Junho, contra 5,9% em Maio.

Na China, a inflação homóloga diminuiu para zero, o nível mais baixo desde Fevereiro de 2021.

A inflação diminuiu na África do Sul, no Brasil, na Indonésia e na China, mas aumentou na Argentina e na Índia e manteve-se estável na Arábia Saudita.