Yannick, ou a revolta do treinador de bancada

O novo filme de Quentin Dupieux, o homem de Pneu ou 100% Camurça, encena o pesadelo de qualquer actor: um espectador que exige melhor arte. Ou um homem normal que exige uma melhor sociedade?

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"Yannick", o novo filme de Quentin Dupieux a competir no Concurso Internacional de Locarno cortesia festival de locarno
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E se um espectador indignado com a má qualidade (que é coisa subjectiva) da peça de teatro que foi ver se levantar para protestar a meio do espectáculo, isso é… Yannick, o novo filme de Quentin Dupieux, o homem de Pneu ou 100% Camurça. Apresentado no Concurso Internacional de Locarno em simultâneo com a sua estreia em França, Yannick não se desvia do que caracteriza desde sempre o cinema do (aqui) realizador/argumentista/montador/director de fotografia Dupieux: uma ideia fora do baralho que é explorada sem engonhar nem fazer perder tempo a ninguém (os seus filmes raramente ultrapassam a hora e meia, este mal ultrapassa a hora de duração). Neste caso, é muito simples: e se o espectador reivindicar o respeito que os artistas lhe devem?

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