Desemprego na zona euro mantém-se nos 6,4% em Junho

Na região da moeda única há 10,8 milhões de desempregados. Taxa está no mesmo valor há três meses consecutivos.

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Espanha é o país da UE com o maior nível de desemprego, de 11,7% Adriano Miranda
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A taxa de desemprego no conjunto dos 19 países que partilham a moeda única manteve-se inalterada em Junho, correspondendo a 6,4% da população activa da região da zona euro. É o terceiro mês consecutivo em que a taxa se encontra neste patamar, ficando abaixo do nível de desemprego registado um ano antes (6,7% em Junho do ano passado).

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo gabinete de estatísticas Eurostat, o nível de desemprego na União Europeia (nos 27 Estados-membros) foi de 5,9%. Também neste caso a taxa é idêntica à dos dois meses anteriores, Abril e Maio. Um ano antes, em Junho de 2022, a taxa estava nos 6,1%.

Na maior economia da zona euro, a percentagem de cidadãos que se encontram fora do mercado de trabalho corresponde a apenas 3% da população activa. Desde Dezembro que o nível de desemprego se mantém inalterado na Alemanha.

Em França, segunda maior potência económica da área do euro, a taxa de Junho também não sofreu alterações face a Maio — continuou nos 7,1%, acima da média europeia — e nos meses anteriores, desde Agosto do ano passado, foi variando entre os 7,2%, os 7,1% e os 7%, patamar no qual chegou a estar em Março e Abril.

Em Itália, terceira maior economia, registou-se uma ligeira redução de Maio para Junho, com o desemprego a passar de 7,5% para 7,4%. Há um ano a taxa estava nos 8,1% e, desde aí, foi baixando, oscilando entre os 7,9% e os 7,8% até atingir 7,7% em Abril e se confirmar nos dois meses seguintes a trajectória de recuo.

Na quarta maior economia, Espanha, o desemprego também recuou em Junho face ao mês anterior, ao passar de 11,9% para 11,7%. Espanha é o país da área do euro (e da União) com o maior nível de desemprego. Em Junho de 2022, a taxa estava nos 12,7% e, mais tarde, no final do ano e início de 2023, chegou a estar mais alta, nos 13% (em Novembro, Dezembro e Janeiro últimos), tendo começado a partir daí uma tendência de diminuição que coloca a taxa num valor já inferior ao de Junho do ano passado.

Em Portugal, a taxa de desemprego está nos 6,4%. Já se encontrava neste patamar em Maio e o valor não se alterou em Junho, registando-se uma estabilização mensal. Apesar de estar abaixo do nível registado no início do ano – em Janeiro a taxa chegou a estar nos 7% e foi baixando nos meses seguintes para 6,9% em Fevereiro, 6,8% em Março, 6,5% em Abril e, agora, para os 6,4% em Maio e Junho —, a taxa continua num patamar superior àquele em que se encontrava há um ano, em Junho, Julho e Agosto de 2022, altura em que o desemprego estava nos 6%.

Na União Europeia há 12,8 milhões de pessoas desempregadas, 10,8 milhões das quais são residentes em países da moeda única (19 dos 27 Estados-membros, onde se encontram as maiores economias e algumas das mais populosas).

Em Portugal há 336,5 mil desempregados, aos quais se somam, segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE) conhecidas na segunda-feira, 295,2 mil outros cidadãos que se encontram numa situação de subemprego por serem trabalhadores a tempo parcial ou porque são estatisticamente considerados inactivos (à procura de emprego mas não disponíveis para trabalhar imediatamente nas semanas seguintes, ou disponíveis mas que não procuram emprego).

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