Riad Salamé, de “mágico financeiro” a coveiro de um Líbano na ruína

A saída de cena do homem que chegou a ser considerado um dos melhores governadores de bancos centrais do mundo e “passou a representar décadas de corrupção da elite” libanesa é o fim de uma era.

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Funcionários e jornalistas acompanharam Salamé à saída do do Banco do Líbano WAEL HAMZEH/EPA
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Trinta anos chegam para muito em qualquer lado. No Líbano e na sua capital, a “fénix urbana” que a lenda diz ter sido reconstruída das cinzas sete vezes, houve tempo para tentar sarar as feridas da guerra civil e reerguer um país; para atentados traumáticos, incluindo o que matou o político mais influente do pós-guerra e levou à retirada das tropas sírias; para uma guerra destruidora entre Israel e o Hezbollah; uma revolta popular e “uma das maiores explosões não-nucleares da história”, em 2020, quando já se vivia uma crise profunda, que o Banco Mundial diz ser um dos mais graves “colapsos económicos” no mundo em 150 anos.

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