Inflação baixou para 3,1% em Julho

Descida de 0,3 pontos percentuais face à inflação de Junho deve-se “parcialmente” a um “decréscimo dos preços nos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”, diz o INE.

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Preços dos alimentos estão a desacelerar Nelson Garrido (arquivo)
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A taxa de inflação terá baixado para 3,1% em Julho, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE).

É uma descida de 0,3 pontos percentuais face aos 3,4% registados em Junho. Tal desaceleração, a confirmar-se a 10 de Agosto, quando saírem os dados definitivos, "está parcialmente associada a um decréscimo de preços verificado na classe dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas", refere o INE, na informação divulgada esta manhã.

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A inflação subjacente (que exclui produtos de preço mais volátil, como alimentação não transformada e energia) continua mais cara, mas o ritmo da subida dos preços baixou ligeiramente para 4,7% (5,3% no mês precedente).

Na energia, "a variação do índice relativo aos produtos energéticos ter-se-á fixado em -15,0% (-18,8% no mês precedente)", acrescenta o INE. Nos produtos alimentares não transformados, "terá desacelerado para 6,9% (8,5% em Junho)".

Na variação mensal, a inflação terá descido 0,4% em Julho face a Junho, quando nesse mês foi de 0,3%. Há um ano, a variação mensal foi nula em Julho.

Com estes dados, o INE calcula que a inflação seja de 7,3% nos últimos 12 meses, descendo dos 7,8% calculados no mês anterior.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparações com outros países, terá registado uma variação homóloga de 4,3% (4,7% no mês precedente). Portugal apresenta neste IHPC o sétimo valor mais baixo de entre todos os países da moeda única e continua abaixo da média da zona euro, que se cifra em 5,3% (5,5% em Junho).

Finlândia, Grécia, Espanha e Luxemburgo são os únicos quatro Estados-membros deste lote em que a inflação harmonizada aumentou de Junho para Julho, embora todos eles apresentem dos indicadores mais baixos da zona euro, abaixo do valor de Portugal.

Eslováquia (10,2%), Croácia (8,1%) e Lituânia (7,1%) apresentam os valores mais elevados, ao passo que Bélgica (que se manteve nos 1,6% de Junho), Luxemburgo (2%) e Espanha (2,1%) registaram em Julho os valores mais baixos.

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