Inquérito de Estimação: Onde Há Gato Não Há Rato

No nosso Inquérito de Estimação, damos palco a associações e grupos de ajuda a animais que o mundo deve conhecer. A Onde Há Gato Não Há Rato esteriliza e acolhe gatos abandonados em Almada.

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A Onde Há Gato Não Há Rato nasceu em 2013, em Almada Onde Há Gato Não Há Rato
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Nasceu em 2013 para resolver um problema antigo e que se agrava a cada ano: o abandono de animais, nomeadamente gatos, e a consequente sobrepopulação. Lurdes Soares, apaixonada por gatos, já tentava ajudar os que apareciam nas ruas de Almada sem dono, mas faltava formar uma associação para conseguir parcerias.

A Onde Há Gato Não Há Rato surge da vontade de querer ajudar mais animais nesta situação, esterilizá-los e, idealmente, encontrar-lhes um novo tutor. Os que são selvagens e não têm características para serem adoptados são devolvidos às colónias.

“Em 2019 assinamos um protocolo com a Câmara Municipal de Almada para aplicação do programa CED — capturar, esterilizar e devolver. A verba atribuída no âmbito deste protocolo prevê a esterilização/castração de 326 animais”, explica a presidente da associação, em resposta ao Inquérito de Estimação.

Com o passar dos anos, a Onde Há Gato Não Há Rato foi crescendo, tal como o número de gatos que acolhe. Neste momento, são cerca de 90 os animais que vivem no centro de acolhimento temporário da associação. No entanto, destaca Lurdes, quando existem ninhadas, esse número aumenta para 130.

“Há animais que são residentes e que, dadas as suas características, não são adoptáveis. Outros são considerados 'menos atractivos' e vão ficando para trás. Há sempre gatos para adopção, a questão é se há famílias para eles”, afirma. Caly e Tremoço são alguns deles.

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A associação tem cerca de 90 gatos para adopção Onde Há Gato Não Há Rato

Uma medida prioritária pelos direitos dos animais

Tal como os nossos, os direitos dos animais complementam-se. Pensamos sempre nos mais básicos: acesso à alimentação, água, saúde, desparasitação, higiene, espaço confortável, tendo em conta cada espécie e socialização com as famílias.

Um caso marcante

Em dez anos de associação, foram muitos os gatos que nos marcaram: a Bones, que era um esqueleto andante, os animais de acumuladores que estavam privados de luz, ar, comida, higiene ou o Tedy, que assistiu à morte do dono de forma brutal são alguns exemplos.

Um conselho para quem quer adoptar um animal

Aconselhamos sempre as pessoas a ponderarem. Alertamos sempre para o mais básico que é o bom senso: se não tem emprego estável, se vive uma situação de esforço financeiro elevado, se a habitação é arrendada e o senhorio não aceita animais, se a adopção de um animal não é aceite por toda a família ou habitantes da casa e se estão dispostos a alterar alguns hábitos de vida, como é o caso das férias. Por tudo isto, às vezes as pessoas acham que não queremos dar os animais.

Um projecto que tem de ser conhecido

A colónia Tribo dos Patudos da cuidadora Ana Isabel Silva é um exemplo de entre muitas outras. Sozinha, com uma enorme devoção e sem ajudas físicas e monetárias, a Ana cuida de 23 animais que fazem parte desta colónia. Tem ainda uma outra perto de casa e tem sempre mais um miminho para outros animais que rodeiam a Tribo.

A generosidade e o carácter da Ana são duas coisas que muito apreciamos. Os animais reconhecem e são gratos à sua cuidadora. Nós também.

Uma pessoa anónima que vale a pena conhecer

A Amélia, uma das nossas voluntárias. É das pessoas mais velhas da casa e ajuda muito antes de sermos associação. Apesar de ter uma saúde frágil, tem sempre tempo para arranjar peixe ou outros miminhos para os gatos do nosso centro. O amor genuíno que tem pelos animais é reconhecido por todos.

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