JMJ: controladas mais de meio milhão de pessoas e recusada a entrada a 83
Só na quarta-feira chegaram ao país mais de 71.000 passageiros de 407 voos, a esmagadora maioria com origem fora do Espaço Schengen.
As autoridades portuguesas controlaram mais de 500 mil pessoas desde o início de reposição do controlo documental nas fronteiras no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), tendo impedido a entrada no país de 83 pessoas.
As fronteiras aéreas são aquelas onde mais cidadãos têm sido controlados no âmbito desta operação. Só na quarta-feira foram mais de 71.000 passageiros de 407 voos, a esmagadora maioria com origem fora do Espaço Schengen.
O controlo documental nas fronteiras terrestres, aéreas e marítimas no âmbito da JMJ entrou em vigor no sábado e está a ser feito de forma selectiva e direccionado com base em informações e análise de risco.
De acordo com o balanço operacional feito esta sexta-feira, em comunicado, pelo Sistema de Segurança Interna, nos primeiros seis dias foram fiscalizadas 31.874 pessoas nas fronteiras terrestres, 438.402 passageiros nas fronteiras aéreas e 36.3587 nas fronteiras marítimas, num total de 503.633 pessoas.
No âmbito da operação, foi recusada a entrada a 83 pessoas, das quais 50 tentavam chegar a Portugal por via terrestre e 33 por via aérea.
Nas fronteiras aéreas foram controlados desde o início da operação 2571 voos e detidas quatro pessoas, nas fronteiras terrestres as autoridades controlaram um total de 7559 viaturas e nas marítimas foram controladas 635 embarcações, 117 das quais nas últimas 24 horas.
A reposição de controlos documentais nas fronteiras permanecerá activa até à meia-noite de 7 de Agosto e acontece "a título excepcional de forma a acautelar eventuais ameaças à ordem pública e à segurança interna", segundo uma resolução do Governo.
O controlo de fronteiras no âmbito da JMJ, evento que vai decorrer em Lisboa entre 1 e 6 de Agosto e contará com a presença do Papa Francisco, está a cargo do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), com a assistência da Polícia de Segurança Pública (PSP) e GNR, além da eventual colaboração de autoridades de outros países.