Pelo menos cinco mortos em tempestades no norte de Itália e incêndios no sul

O sul do país tem registado uma vaga de calor, com temperaturas de 47,6°C na segunda-feira. A norte, tempestades atingem várias regiões.

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Tempestade em Milão EPA/MOURAD BALTI TOUATI

Pelo menos cinco pessoas morreram em Itália na sequência de violentas tempestades no Norte e de incêndios na Sicília, situação que poderá levar o Governo a declarar o estado de emergência nas regiões mais afectadas.

Os corpos de duas pessoas, de cerca de 70 anos, foram encontrados carbonizados numa casa em chamas e uma mulher de 88 anos morreu perto de Palermo, noticiaram os meios de comunicação social na terça-feira à noite.

Os bombeiros sicilianos também combateram vários incêndios na noite de segunda-feira, um dos quais deflagrou muito perto do aeroporto de Palermo, encerrado durante várias horas durante a manhã.

O sul do país tem registado uma vaga de calor, com 47,6°C na segunda-feira na Catânia, na Sicília, de acordo com a protecção civil local.

O presidente da região siciliana, Renato Schifani, indicou que tenciona pedir ao Governo, na reunião de quarta-feira, que declare o estado de emergência na ilha mediterrânica.

O transporte ferroviário também foi afectado pelos incêndios.

"A Itália está a viver um dos dias mais complicados das últimas décadas: inundações, tornados e granizo gigante no Norte, calor abrasador e incêndios devastadores no Sul", escreveu o ministro da Protecção Civil, na terça-feira.

"A perturbação climática que afecta o nosso país significa que todos temos de mudar a nossa atitude, sem qualquer álibi para ninguém", acrescentou Nello Musumeci, na rede social Facebook.

No norte do país, duas pessoas morreram devido ao mau tempo.

"É com grande tristeza que tomo conhecimento da trágica notícia de dois acidentes provocados pelo mau tempo, em que uma rapariga de 16 anos morreu num acampamento de escuteiros em Brescia (norte) e uma mulher em Lissone (norte) devido à queda de árvores", escreveu a chefe do Governo, Giorgia Meloni, numa mensagem na rede social Twitter.

Na madrugada de terça-feira, ventos fortes, até 110 quilómetros por hora (km/h), chuva intensa e granizo atingiram Milão, a capital económica do país, onde ruas ficaram inundadas e árvores foram arrancadas, muitas das quais caíram na estrada.

A empresa de transportes públicos local referiu danos graves na rede eléctrica, enquanto um jornalista da agência de notícias France-Presse constatou um corte temporário de água no centro histórico da cidade