Mais de 50 baleias-piloto morreram depois de terem ficado encalhadas numa praia remota no Oeste da Austrália, informaram as autoridades nesta quarta-feira, enquanto as equipas de salvamento se esforçam por devolver os restantes animais ao mar.
Técnicos especializados em animais marinhos e voluntários acamparam durante a noite na praia de Cheynes, a mais de 450 quilómetros a sudeste de Perth, no estado da Austrália Ocidental, depois de as baleias terem sido encontradas junto à praia. "Infelizmente, 51 baleias morreram durante a noite após um encalhe em massa", disse o Serviço de Parques e Vida Selvagem da Austrália Ocidental num comunicado.
"Estamos a trabalhar em parceria com voluntários e outras organizações para tentar devolver as restantes 46 baleias a águas mais profundas ao longo do dia."
As baleias-piloto são conhecidas pelos seus fortes laços sociais, pelo que, quando uma baleia se mete em dificuldades e encalha, as restantes seguem-na, de acordo com especialistas marinhos.
A Austrália e a vizinha Nova Zelândia são pontos quentes para os encalhes em massa de baleias devido às grandes colónias de baleias-piloto que vivem nas profundezas dos oceanos que rodeiam os dois países insulares, mas a razão pela qual ficam presas nas praias continua a ser um mistério. No entanto, doenças dos cetáceos, erros de navegação, mudanças bruscas de maré, perseguição de predadores ou condições climáticas extremas são apontados como causas para estes comportamentos.
Em Outubro de 2022, 240 baleias-piloto encalhadas na Nova Zelândia foram sacrificadas depois de as autoridades considerarem que não seria logisticamente possível reconduzi-las ao oceano. Estas baleias também são caçadas.
Uma companhia de cruzeiros britânica foi forçada a pedir desculpas aos passageiros que testemunharam o abate de aproximadamente 80 baleias-piloto nas Ilhas Faroé neste domingo: os passageiros da Ambassador Cruise Line chegaram ao porto da capital de Tórshavn, onde uma caçada tradicional tinha tornado o mar vermelho. com Lusa