Médicos de família e farmacêuticos voltam à greve esta segunda-feira

Dezenas de milhares de consultas nos centros de saúde vão ser afectadas.

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Milhares de utentes vão ser afectados pela greve Nuno Ferreira Santos/Arquivo

Os médicos de família e os farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) iniciam novas greves esta segunda-feira para exigir ao Ministério da Saúde avanços nas negociações sobre a valorização das carreiras e das grelhas salariais.

Convocado pelo Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF), o protesto destes profissionais de saúde arranca esta segunda-feira com uma greve nacional e inclui duas paralisações a 5 e 12 de Setembro por distritos, que culminarão com uma nova greve em todo o país marcada para 19 desse mês.

O sindicato, que lamenta que o Ministério da Saúde "continue em silêncio e sem manifestar qualquer intenção de iniciar um processo negocial sério", convocou para as 10h30 desta segunda-feira uma concentração de farmacêuticos junto ao Palácio de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro.

Entre as reivindicações do SNF consta a actualização das grelhas salariais, a contagem integral do tempo de serviço para a promoção e progressão na carreira, a adequação do número de farmacêuticos às necessidades do serviço público e o reconhecimento por parte do Ministério da Saúde do título de especialista.

Também tem início esta segunda-feira a greve de um mês ao trabalho extraordinário dos médicos de família, convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos, que admite que esse protesto vai afectar dezenas de milhares de consultas nos centros de saúde.

Esta paralisação insere-se num conjunto de greves que o SIM anunciou recentemente para protestar contra a ausência de propostas concretas do Governo nas negociações sobre as grelhas salariais e a valorização da carreira que decorrem desde 2022 sem acordo.

Além desta paralisação às horas extraordinárias, o sindicato marcou uma outra greve dos médicos de âmbito nacional, que vai decorrer entre terça e quinta-feira.