Francisco Ibáñez (1936-2023), a cabeça de onde saíram os idiotas Salamão e Mortadela
Autor de dois desconcertantes e estúpidos agentes da T.I.A. (Técnicos de Investigações Aeroterráqueas), Francisco Ibáñez representou uma Espanha em constante ebulição, mas sem referências explícitas.
É provável que os nomes Salamão e Mortadela sejam mais familiares a muitos leitores do que o de Francisco Ibáñez. Mas é a este autor de banda desenhada, natural de Barcelona, que devemos as aventuras dos dois desconcertantes e estúpidos agentes da T.I.A. (Técnicos de Investigações Aeroterráqueas). Aproveitando a deixa, e evocando memórias alheias, quem nos anos 1980, em Portugal, não se divertiu a ler as histórias da dupla? Publicadas pela editora Paralelo ou no Jornal da BD, tinham títulos que, desde logo, revelavam o humor das situações e das personagens: O Caso do Bacalhau, O Sulfato Atómico, A Máquina troca-tudo ou Os Inventos do Doutor Bactério. Era instantâneo, explosivo, esse humor, com uma pitada de nonsense, mas acessível. Por estes caminhos se fazia a banda desenhada, à época ainda arte popular das massas.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.