Beat Fest está de volta à Praia Fluvial da Comenda com três dias de música

Interrompido pela pandemia, o festival criado no Gavião em 2018 está de regresso com três dias de música, do hip-hop ao pop e ao funk. A fechar o mês, de 28 e 30 de Julho.

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Bárbara Tinoco e Veigh, dois nomes em destaque no cartaz de 2023 JOANNA CORREIA/DR
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A primeira edição foi em 2018, a segunda em 2019 e a terceira não chegou a realizar-se devido à pandemia da covid-19. Três anos passados, o Beat Fest está de regresso ao local onde nasceu, a freguesia do Gavião, no distrito de Portalegre, Alto Alentejo, com três dias de música, onde o hip-hop (que marcou as duas primeiras edições) surge pela primeira vez misturado ao pop e ao funk. Nas noites de 28 e 30 de Julho, vão passar pela Praia Fluvial da Comenda nomes como Bárbara Tinoco, Piruka, Leo2745, Treyce ou Veigh.

A ideia de criar este festival, diz ao PÚBLICO Ivo Roncon, da organização, surgiu a partir da Câmara Municipal do Gavião, querendo apostar cada vez mais na cultura no concelho. Fizeram-nos um convite para realizarmos um evento lá, com carta branca.” Inicialmente, recorda, o Beat Fest era um festival dedicado única e exclusivamente ao hip-hop. Mas tendo em conta que o hip-hop já é música mais mainstream, tanto a nível nacional como internacional, sendo cada vez mais difícil obter disponibilidade nas agendas dos artistas, optámos este ano por abrir mais o leque das opções musicais, variando pelo pop, pelo funk, e isso traz uma nova visão à população ali em redor.”

Se não tivesse havido a pandemia, esta seria a sexta edição. Mas, com uma paragem de três anos, acabou por ser a terceira. “Por causa da pandemia, não quisemos arriscar, de forma alguma, até termos a certeza absoluta de que mais nada podia correr mal”, explica Ivo. Mas tal paragem não o assusta. “Queremos acreditar que este vai ser igual ou melhor. Não estamos à espera que a ausência de três anos redunde num fiasco, pelo contrário.”

As primeiras edições tiveram quatro dias cada, a começar à quinta-feira. A primeira, que decorreu de 2 a 5 de Agosto de 2018, tinha no cartaz Slow J, Mundo Segundo & Sam The Kid, Holly Hood, Piruka, Grognation e Mishlawi, além dos DJ Alcool Club, Kristóman, Sacik Brow e GI Joe (Rafael Correia). A segunda, de 1 a 4 de Agosto de 2019, teve um cartaz maior: Gabriel o Pensador, Boss AC, Wet Bed Gang e Dealema + Chong Kwong, Grilocks, M.A.C., NGA, Papillon, Valas, Domi, Russa, Plutónio, Malabá, Deau e Osso, além dos DJ Sims, Glue, Big e Guze. Este ano, porém, serão apenas três dias.

“O primeiro dos quatro dias não era tão vantajoso para a sustentabilidade do festival”, justifica Ivo Roncon. “Então, decidimos dispensar a quinta-feira e optar pelos dias em que as pessoas estão mais disponíveis para se deslocar, de sexta a domingo.” Quanto aos nomes em cartaz, dez ao todo, resultaram de uma mistura entre escolhas e agendas: “Tínhamos mais de 50 nomes em cima da mesa e fomos vendo quais eram os que tinham disponibilidade nestas datas. Foi por aí. Há nomes como os Ogcadu, que são da terra, porque quisemos apostar nisso, e aproveitámos as tours dos dois artistas brasileiros, a Treyce e o Veigh, conseguindo um espacinho para eles virem até ao Alentejo.”

No dia 28, o Beat Fest abrirá com Ogcadu (22h), seguindo-se Domingues (22h50) e Bárbara Tinoco (00h10). Dia 29, actuarão Kid Robin (22h), Leo2745 (22h50), Treyce (00h10) e Piruka (01h30). E dia 30 Visco (22h), X-Tense (22h50) e Veigh (00h10). Os bilhetes, disponíveis na Ticketline e no posto de turismo local, oscilam entre os 8 euros (diário), 20 (passe de três dias) e 26 euros (passe de três dias com direito a campismo). E haverá mais edições. Pelo menos é essa a disposição, conforme nos diz Ivo Roncon: “Sabemos que estamos a correr um risco, por termos parado três anos, mas a ideia é continuar. Temos de dar dois passos atrás para conseguir dar um certo para a frente.”

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