Barbenheimer: as bilheteiras mundiais estão cor-de-rosa

Os números da associação Barbie e Oppenheimer, 155 milhões e 80,5 milhões de dólares, respectivamente, são os de uma sessão dupla que é o acontecimento do ano. E a quarta maior bilheteira da história.

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No fim-de-semana as bilheteiras mundiais ficaram cor-de-rosa. Barbie, de Greta Gerwig, teve a mais forte estreia do ano: 155 milhões de dólares. Mas as pessoas acorreram em massa às salas também por causa de Oppenheimer: 80,5 milhões. O que leva a Variety a interpretar: centenas de milhar de espectadores recusaram-se a escolher entre um filme e outro estreados no mesmo dia, o que confirma o Barbenheimer, a associação entre os dois títulos lançados por estúdios diferentes e rivais, a Warner e a Universal, como um fenómeno cultural, uma espécie de sessão dupla que é o acontecimento do ano. Que é o maior box-office colectivo da era pandémica. Que representa o quarto maior fim-de-semana da história, só atrás dos fins-de-semana em que se estrearam Avengers: Endgame, Avengers: Infinity War e Star Wars: The Force Awakens.

"Os estúdios deram aos espectadores duas histórias diferentes, inteligentes e originais que eram destinadas apenas ao grande ecrã". São declarações de Michael O'Leary, presidente da National Association of Theater Owners. "As pessoas reconheceram que algo de especial estava a acontecer e quiseram fazer parte disso".

Com um orçamento de 145 milhões de dólares, era expectável que Barbie, produzido pela Warner e pela Mattel, a "casa" das bonecas, chegasse aos 75 milhões de dólares no fim-de-semana de estreia, "mas ninguém estava à espera destes 155 milhões. Esta boneca tem pernas para andar", diz Jeff Goldstein, que chefia a distribuição doméstica na Warner. E os números inclui outro recorde: é a maior estreia para um filme dirigido por uma realizadora (antes, era Captain Marvel, co-dirigido por Anna Boden e Ryan Fleck, em 2019, que amealhou 153 milhões de dólares, e havia ainda Wonder Woman, de Patty Jenkins, em 2017, com 103 milhões.)

O segundo lugar é para Oppenheimer, mas sem queixas. As críticas são maioritariamente entusiásticas. Os analistas da indústrias estimavam que, com as suas quase três horas de duração, o tema, a biografia do "inventor" da bomba atómica, J. Robert Oppenheimer, não menos do que desesperado, o filme poeria chegar aos 50 milhões na estreia. Ultrapassou-os, são 80,5 milhões.

"É um filme de época passado nos anos 40", diz Jim Orc, presidente da secção de distribuição da Universal. "Isso diz muito sobre o apelo do nome Nolan e da sua proeza como cineasta. Tem uma reputação extraordinária como contador de histórias no maior formato possível".

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