Queima do Corão: polícia iraquiana impede protesto junto à embaixada da Dinamarca em Bagdad

Manifestantes pretendiam protestar contra a queima de um exemplar do livro sagrado do Islão, em Copenhaga, por um grupo ultranacionalista dinamarquês.

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Protesto em Bagdad de apoiantes do líder xiita Moqtada al-Sadr, na sexta-feira, contra a queima do Corão na Suécia e na Dinamarca EPA/AHMED JALIL
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A polícia do Iraque impediu, neste sábado, a entrada de centenas de pessoas na zona de alta segurança de Bagdad onde se localizam a sede do Governo do país e as embaixadas internacionais, num protesto que pretendia ser uma reacção à queima de um exemplar do Corão na Dinamarca, na sexta-feira.

Na quinta-feira, vários iraquianos invadiram a embaixada da Suécia em Bagdad e atearam fogo a uma parte do edifício, num protesto contra uma manifestação, em Estocolmo, em que um refugiado iraquiano pisou e pontapeou um exemplar do Corão.

Salwan Momika, de 37 anos, chegou à Suécia em 2018 e obteve o estatuto de refugiado em 2021, apresentando-se nas redes sociais como um "político ateu esclarecido".

Em Junho, Momika protagonizou um primeiro incidente, ao queimar um exemplar do Corão num protesto em frente à maior mesquita da cidade.

Numa resposta à segunda acção do refugiado iraquiano em Estocolmo, na quinta-feira — que daria origem à invasão da embaixada da Suécia em Bagdad —, o Governo iraquiano cortou relações diplomáticas com a Suécia e expulsou o embaixador do país.

O protesto deste sábado, junto à chamada "zona verde" de Bagdad, onde estão os ministérios e as embaixadas, foi motivado por uma outra manifestação que culminou com a queima de um exemplar do Corão, na sexta-feira, desta vez em Copenhaga, na Dinamarca.

A queima do Corão, que aconteceu em frente à embaixada do Iraque em Copenhaga, foi protagonizada por um grupo ultranacionalista, os Patriotas Dinamarqueses.

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