Ondas de calor extremas continuarão em Agosto, segundo a OMM
Organização Meteorológica Mundial (OMM) alerta para o aumento de risco de problemas de saude associados ao calor extremo e pede aos países que se preparem para onda prolongada durante o mês de Agosto.
As ondas de calor deverão persistir em grande parte do mundo durante o mês de Agosto, disse esta sexta-feira um conselheiro para o calor extremo Organização Meteorológica Mundial (OMM), na sequência das temperaturas recorde registadas nas últimas semanas.
A OMM disse no início desta semana que esperava que as temperaturas na América do Norte, Ásia, Norte de África e Mediterrâneo fossem superiores a 40 Celsius "durante um número prolongado de dias desta semana, à medida que a onda de calor se intensifica".
"Devemos esperar, ou pelo menos planear, que estas ondas de calor extremas continuem até Agosto", disse à Reuters John Nairn, Conselheiro Sénior para o Calor Extremo da OMM.
O Sul da Europa está a braços com uma onda de calor recorde durante a época alta do turismo de Verão, o que levou as autoridades a alertar para o aumento do risco de problemas de saúde e mesmo de morte.
As condições climatéricas extremas também perturbaram a vida de milhões de americanos, com o calor perigoso a estender-se do Sul da Califórnia ao Sul profundo. O calor sufocante também atingiu o Médio Oriente.
Nairn afirmou que as alterações climáticas significam que as ondas de calor se tornarão mais frequentes e se estenderão por todas as estações.
"Estamos a assistir a uma tendência de aumento das temperaturas globais que contribuirá para o aumento da intensidade e da frequência das ondas de calor", afirmou Nairn.
"Temos indicações muito claras de que já estão a aumentar na Primavera".
Alguns países, incluindo a União Europeia com 27 membros, esperam que todas as nações cheguem a acordo nas conversações da ONU sobre o clima, no final deste ano, para eliminar gradualmente o consumo de combustíveis fósseis que causa as alterações climáticas. Os países com recursos petrolíferos e de gás opuseram-se a esta ideia.
"Há provas muito fortes de que, se eliminássemos os combustíveis fósseis, reduziríamos um dos principais factores que contribuem para o que estamos a ver", afirmou Nairn. "Não podemos inverter a situação à pressa, mas podemos certamente tomar medidas".