Entre Quadros e Quadros, ora vamos lá separar os Antónios
António Quadros nasceu há 100 anos, António Quadros (pintor) há 90. Para deixarmos de confundi-los, urge conhecer melhor este último.
Nasceram ambos em Julho, é verdade, ainda que em anos diferentes. Mas é pelo nome que, com irritante frequência, os confundem. António Quadros e António Quadros, assim iguais mas tão diferentes que dir-se-ia virem de mundos distintos. Podemos começar pelo mais antigo, de seu nome completo António Gabriel de Castro e Quadros Ferro, nascido em Lisboa no dia 14 de Julho de 1923 – e cujo centenário ainda há dias se comemorou com a publicação de um romance inédito (A Paixão de Fernando P.), com um congresso entre Lisboa e Rio Maior (sede da Fundação António Quadros, criada em 2009) e com o descerramento de uma placa no prédio onde viveu até se casar, na Rua João Pereira da Rosa n.º 6, 1.º (antiga Calçada dos Caetanos). Que será, como alguém notou, o prédio lisboeta com o maior número de placas evocativas, já que ali viveram também António Ferro e Fernanda de Castro (pais deste primeiro Quadros), Bernardo Marques, Joaquim Pedro de Oliveira Martins, José Gomes Ferreira, Ofélia Marques e Ramalho Ortigão. Filósofo, historiador, escritor (de ensaios, poesia e ficção), professor universitário, tradutor, António Quadros morreu em 21 de Março de 1993, 30 anos cumpridos em Março passado.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.