Só “soluções criativas e rápidas” podem resolver problema da falta de médicos no Algarve

Deputados visitam hospitais. Clima crispado na administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Director clínico anunciou a demissão em divergências com a administração do SNS.

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Centro Hospitalar Universitário do Algarve, Hospital de Faro Nuno Ferreira Santos
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A resolução da falta de médicos no Algarve passa por encontrar “soluções criativas e rápidas” que dêem resposta a uma das regiões onde o Serviço Nacional de Saúde (SNS) enfrenta grandes dificuldades — desde a escassez de profissionais aos equipamentos. O presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, António Maló, lidera uma delegação de deputados, que esta segunda-feira, 17 de Julho, está de visita às unidades do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) — Lagos, Portimão e Faro , em clima de turbulência. O director clínico, Horário Guerreiro, tornou público o pedido de demissão do cargo no final na semana passada.

No Hospital de Portimão, ao final da manhã, António Maló defendeu, após auscultação dos autarcas, e em declarações aos jornalistas, que o reforço de médicos na região passaria por “rápidas soluções criativas nas quais os autarcas [devem ser envolvidos]”.

“Há autarcas que, por exemplo, dão alojamento aos médicos e outras facilidades”, disse. A verdade, porém, especialmente durante o Verão, é que falta habitação até para os turistas, e os preços são incomportáveis para a maioria dos portugueses. “Podemos até ter melhores instalações, mas, sem profissionais em número suficiente e sem capacidade de resposta, não teremos necessariamente uma resposta eficaz de saúde do Algarve”, enfatizou.

Ao final da tarde, os deputados reúnem-se com a administração do CHUA e a Administração Regional de Saúde (ARS) para avaliar as condições que existem para enfrentar mais um Verão, com o serviço de urgência à beira do colapso. O caso da demissão do director clínico é um dos assuntos na agenda de trabalhos. Horácio Guerreiro, alegando divergências com a tutela, renunciou ao cargo. O responsável pela área da gestão clínica defendeu que o bloco de partos de Portimão não tinha condições para funcionar em segurança ao fim-de-semana. O director-geral do SNS, Fernando Araújo, decidiu que era para manter.

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