Serviços secretos da Ucrânia reivindicam novo ataque à ponte Kerch

Duas pessoas morreram e uma ficou ferida, segundo as autoridades russas.

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A ponte rodo-ferroviária Kerch é a maior da Europa, liga a Crimeia ocupada à Rússia ALEXEY PAVLISHAK/Reuters
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Pela segunda vez em nove meses, o trânsito está interrompido na ponte Kerch, que liga a Crimeia à Rússia, depois de uma situação de “emergência” que as autoridades russas dizem ter sido um ataque ucraniano com drones durante a madrugada. Duas pessoas morreram e uma ficou ferida, ainda segundo as mesmas fontes.

O comité antiterrorista russo classificou o sucedido como “ataque terrorista” e responsabilizou as forças especiais ucranianas, a quem acusou de terem usado dois barcos não pilotados para atingir a infra-estrutura, com 19 quilómetros, que foi inaugurada por Vladimir Putin em 2018.

Ainda não se sabe exactamente o que aconteceu. Alguns canais de Telegram que acompanham a guerra dão conta de explosões durante a noite e no Twitter correm imagens de danos num dos tabuleiros rodoviários. O tráfego ferroviário mantém-se em circulação.

Fontes ucranianas assumiram à AFP e à BBC terem sido a Marinha e os serviços secretos da Ucrânia a realizar o ataque. “Foi difícil alcançar a ponte, mas conseguimos”, disse uma pessoa desses serviços, confirmando que foram utilizados drones ​marítimos n a operação.

A Ponte Kerch já tinha sido atacada pelas forças ucranianas em Outubro passado, obrigando ao seu corte parcial durante quase dois meses. Em Dezembro, quando a reparação terminou, o Presidente russo deslocou-se ao local para conduzir um Mercedes. A Ucrânia, como tem sido hábito sempre que há ataques em solo russo ou na Crimeia, oscilou entre o silêncio e as insinuações irónicas, sem confirmar directamente o seu envolvimento.

No caso desta segunda, a primeira reacção ucraniana foi a de que os relatos russos poderiam ser “uma provocação”.

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