Portugal prepara final do Euro sub-19: cinco figuras em destaque

Há talentos que têm emergiado num colectivo que não tem deixado margem para dúvidas num torneio em que se prepara para reencontrar a Itália.

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Gustavo Sá e Hugo Félix prontos para a grande final UEFA
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Portugal vai lutar este domingo (20h, C11), em Ta’Qali, Malta, pela conquista do segundo título de campeão da Europa de sub-19 frente à selecção italiana, adversário das finais de 2003 (que perdeu por 2-0) e 2018 (venceu 4-3 no prolongamento) e que agora reencontra, depois da goleada (5-1) imposta à squadra azzurra na fase de grupos.

Nesta vigésima edição da competição, em que Portugal é finalista pela sexta vez, a selecção lusa tem sido irrepreensível (vencedor incontestável do Grupo A, com três vitórias), como se verificou com a segunda “chapa” cinco na meia-final, frente à Noruega… muito fruto de um colectivo forte – enaltecido pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na mensagem de apoio enviado à comitiva –, onde se destacam algumas figuras que o PÚBLICO sublinha neste texto.

Gabriel Brás

Imprescindível, único totalista da equipa de Joaquim Milheiros, o central do FC Porto, pilar da defesa menos batida do campeonato – em que forma dupla no eixo com o também “dragão” António Ribeiro -, é uma espécie de talismã com dois golos importantes na fase de grupos, o primeiro da caminhada, aos quatro minutos do jogo inaugural, com a Polónia, no triunfo por 2-0, e o segundo (assinou o 3-1 a cerca de 20 minutos do fim) a dissipar dúvidas em relação ao triunfo (5-1) sobre Itália, precisamente o adversário da final.

Golos de Portugal

Hugo Félix

Com três golos (a um do ainda líder, o espanhol Víctor Barberà) e duas assistências nos dois primeiros embates, o irmão de João Félix assume-se, juntamente com o ponta-de-lança Rodrigo Ribeiro, como um dos principais favoritos à conquista da distinção de máximo goleador do Europeu. Hugo Félix junta a capacidade técnica e visão de jogo que lhe permitem explorar tanto o corredor direito como zonas interiores de ligação entre defesa e ataque, surgindo em momentos cirúrgicos para finalizar, inclusive de cabeça.

Rodrigo Ribeiro

Um dos mais novos, com 18 anos completados em Abril, já com duas presenças nas cinco chamadas à equipa principal do Sporting, o avançado bisou nas meias-finais (para além de somar três assistências) e surge ultra-moralizado para voltar a reclamar papel importante frente a Itália, adversário que já sofreu às mãos de Rodrigo Ribeiro, forte candidato ao prémio de “artilheiro” da competição.

Gonçalo Esteves

Enquanto lateral, tem sido mais preponderante nas acções ofensivas, preenchendo o corredor direito, um pouco fruto da dinâmica e do controlo evidenciado por Portugal nos jogos da fase de grupos e nas meias-finais. Como um dos mais experientes, será preponderante para decifrar a dinâmica italiana, que no primeiro jogo, antes de ficar reduzida a 10 unidades, causou problemas nos cantos e nos cruzamentos ao segundo poste, onde Gonçalo Esteves terá de estar muito concentrado.

João Vasconcelos

O bracarense tem aproveitado todas as oportunidades para justificar o estatuto de suplente de luxo. Contribuiu com um golo e uma assistência na goleada imposta aos italianos, mesmo que num quadro favorável após expulsão de Lipani. Repetiu a dose com Malta, onde foi titular, aproveitando a gestão do seleccionador com Portugal qualificado. O médio ofensivo é, por isso, um elemento a ter em conta para os momentos decisivos que as finais sempre proporcionam.

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