Os robôs para cuidar de idosos estão prestes a chegar aos lares da China

Na China, estima-se que a população idosa chegue aos 400 milhões em 2035. O robô GR-1 vai estar no mercado dentro de três anos para cuidar dos mais velhos, tanto nos hospitais como em casa.

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Os robôs vão também ser assistentes e ajudar os idosos em casa Investi in China/Twitter
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Dentro de poucos anos, a China terá mais população idosa do que em idade activa. Quem é o diz é o Sistema Nacional de Saúde do país que fez as contas e prevê que o número de pessoas com 60 ou mais anos aumente de 280 milhões para mais de 400 milhões até 2035.

Este envelhecimento populacional significa que serão mais os idosos nos hospitais lares e menos os meios humanos disponíveis no sector da saúde para dar conta de tanta procura. No entanto, já há (pelo menos uma) solução para o problema.

A Fourier Intelligence, empresa de tecnologia com sede em Xangai, está a construir robôs humanóides dotados de inteligência artificial (IA) capazes de cuidar dos mais velhos e, desta forma, ajudar os profissionais de saúde.

Cada robô GR-1 mede 1,64 metros e pesa 55 quilos. A empresa planeia fabricar 100 unidades até ao final do ano, contudo, o protótipo funcional só estará concluído dentro de dois ou três anos.

Entre as funcionalidades deste sistema está o transporte de pacientes com mobilidade reduzida para cadeiras de rodas ou segurar objectos que estas pessoas precisem, como garrafas. No entanto, destaca o co-fundador Zen Koh, o objectivo é continuar a aperfeiçoar os robôs ao ponto de se transformarem em cuidadores, assistentes ou “companheiros de casa para os idosos que ficam sozinhos”, explicou, citado pela Euronews.

“O próprio sistema pode alcançar o equilíbrio e realizar diferentes tarefas. Podemos programá-lo para sentar, levantar e saltar. Podemos programar os braços para pegar em utensílios, ferramentas e executar as tarefas que os engenheiros quiserem”, acrescentou.

Em declarações ao South China Morning Post, Zen Koh acredita que o país é bastante receptivo à utilização de novas tecnologias, inclusive robôs e sistemas de IA.

A par disto, acredita, o facto de a população chinesa já estar habituada a ter ajuda de braços ou pernas robóticas nos tratamentos de fisioterapia vai contribuir para uma rápida introdução do GR-1 no dia-a-dia dos hospitais.

Nota: título da notícia actualizado às 17h35 para clarificar que os robôs vão chegar a lares na China.

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