Ainda há resistentes no mercado da Sé nas vésperas da despedida
Câmara do Porto anunciou indemnizações e encerramento até ao fim de Junho, mas comerciantes não receberam e não arredam pé. Fechar o mercado será “matar mais um bocadinho a Sé”?
As notícias da sua morte foram manifestamente exageradas. E trouxeram danos a quem por ali ainda resiste: “A gente já vendia pouco, mas ficou ainda pior depois de a câmara [do Porto] ir dizer para a rádio que isto ia fechar.” O protesto é de Maria Vitória, mais conhecida como Maria Comunista, e encontra eco em quase todas as conversas no Mercado de São Sebastião, na Sé do Porto. “Isto está como se vê”, diz a vendedora a apontar o estado degradado do edifício com quase todas as bancadas vazias: “Está mau, mas fechado ainda não está. Enquanto não nos pagarem aqui estaremos.”
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