Alerta de burlas com a utilização do nome e imagem do Banco de Portugal

Em causa tentativas de cobrança de “responsabilidades de serviços” ou impostos pendentes.

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Banco de Portugal, liderado por Mário Centeno, recomenda cuidados redobrados no envio de dinheiro LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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O Banco de Portugal (BdP) alerta para a prática de burlas, relacionadas com cobranças indevidas, como “impostos pendentes” ou outras responsabilidades, em que “são enviados aos visados documentos que utilizam indevidamente o nome e a imagem” da instituição, “com os quais se procura atestar a existência desses montantes em dívida”. Em comunicado divulgado esta sexta-feira no seu site, o BdP refere que os documentos enviados pelos burlões “têm uma configuração semelhante aos mapas da Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal”.

A este propósito, o supervisor bancário destaca que “o mapa da Central de Responsabilidades de Crédito (CRC) apenas pode ser consultado pelo titular dos dados ou por quem tenha poderes para o representar, e sempre mediante autenticação”.

Gerida pelo BdP, com base “na informação prestada pelas entidades participantes (instituições que concedem crédito) sobre os créditos concedidos aos seus clientes”, a instituição liderada por Mário Centeno lembra que “não presta serviços bancários comerciais a particulares ou empresas, não concede créditos nem aceita depósitos das referidas entidades, não procede à cobrança de comissões por transferências transfronteiras nem emite certificados para o desbloqueamento de fundos”.

“O Banco de Portugal aconselha as pessoas a não entrarem em contacto com eventuais promotores dessas actividades ou transacções que utilizem indevidamente o nome e o logótipo do Banco de Portugal. O banco também aconselha as pessoas a não enviarem dinheiro nem fornecerem informação bancária ou relativa a cartões de crédito a quem declare que representa o Banco de Portugal ou que afirme ter uma relação bancária com o mesmo [Banco de Portugal]”, lê-se na nota divulgada.

E deixa ainda a advertência: “Antes de contratarem quaisquer empréstimos ou entregarem quaisquer quantias no âmbito de possíveis contratos de financiamento, os clientes devem verificar, cuidadosamente, a legitimidade das entidades financiadoras, nomeadamente, mediante consulta prévia, no site do Banco de Portugal, da lista de instituições registadas e, portanto, habilitadas a exercer actividade financeira em Portugal”.

Por último, o supervisor aconselha os cidadãos que “identifiquem ou recebam documentação duvidosa que se refira ao Banco de Portugal, ou que alegadamente seja da sua proveniência”, a informar imediatamente as autoridades policiais e contactar o Banco de Portugal, enviando um email para info@bportugal.pt

As tentativas de burla utilizando imagens de instituições públicas, como do fisco ou das entidades judiciais, têm aumentado. Em 2022, foram mais de 54 mil as queixas apresentadas na Polícia de Segurança Pública.

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