Assistente operacional suspeito de crimes sexuais contra estudantes de escola de Mirandela
Homem de 53 anos está suspenso preventivamente de funções na Escola Profissional de Arte de Mirandela
Suspensão de funções e apresentações bissemanais. Eis a medida de coacção aplicada ao homem detido por suspeita de crimes sexuais contra estudantes da ESPROARTE – Escola Profissional de Arte de Mirandela, a única escola de música da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.
O caso veio a público por acção da Polícia Judiciária. Na terça-feira de manhã, anunciou no seu site que, através do Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, identificara e detivera “um homem pela presumível autoria dos crimes de abuso sexual de crianças e importunação sexual”.
Ao que então adiantou, o suspeito conta 53 anos de idade. E exercia as funções de assistente operacional. Desde 2021, teria feito nove vítimas com idades compreendidas entre os 13 e 17 anos de idade.
O caso ter-lhes há chegado às mãos pela direcção daquela escola privada, que tem como entidade proprietária a ArteMir – Associação de Ensino Profissional Artístico, mas é tutelada pelo Ministério da Educação.
“Ao ser alertada por um grupo de alunos sobre estes acontecimentos, no âmbito das suas competências, determinou de imediato a abertura de um processo interno de averiguações, no seguimento do qual resultou a suspensão preventiva de funções e afastamento do referido trabalhador”, lê-se no comunicado emitido pela Escola Profissional de Arte de Mirandela. E “procedeu à comunicação da matéria apurada às autoridades competentes”.
Posto isso, remete-a ao silêncio. “Não prestará mais declarações sobre este assunto”. Ficará a aguardar “o desenrolar da acção pelas entidades competentes”.
O comunicado da Polícia Judiciária refere dois tipos de crimes sexuais: o abuso sexual e a importunação sexual. Diz o Jornal de Notícias que o homem é suspeito de ter apalpado estudantes e de ter colocado câmaras no vestiário das raparigas.
Ainda na terça-feira, o homem foi interrogado pelas autoridades. Esta quarta-feira foi presente a um juiz para que lhe fosse aplicada a medida de coacção. A expectativa era que se mantivesse afastado da escola com cursos de níveis 2 e 4 do quadro nacional de qualificações, isto é, com equivalência ao 9º e 12º ano de escolaridade. De acordo com a PJ, o tribunal optou por suspensão de funções e apresentações bissemanais.