Coreia do Norte lança míssil balístico em direcção ao Japão

Míssil caiu no mar a 250 quilómetros de uma ilha japonesa no norte do país. Lançamento aconteceu durante uma reunião entre os chefes militares dos EUA, da Coreia do Sul e do Japão.

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O míssil atingiu uma altitude de seis mil quilómetros e voou mil quilómetros EPA/KIMIMASA MAYAMA

Um míssil balístico lançado pela Coreia do Norte em direcção ao Japão, nesta quarta-feira, caiu a 250 quilómetros da ilha japonesa de Okushiri, no extremo norte do país, depois de um voo de mil quilómetros, alertaram as forças armadas da Coreia do Sul.

O lançamento — o 12.º da Coreia do Norte desde o início do ano — aconteceu durante uma reunião entre os chefes militares dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e do Japão, no Havai, que serviu para agilizar a capacidade de resposta conjunta de Seul e de Tóquio perante uma ameaça norte-coreana.

Segundo o coronel norte-americano Dave Butler, porta-voz do chefe do Estado-maior das Forças Armadas dos EUA, o general Mark Milley, a queda do míssil foi detectada na fase final da reunião no Havai, que estava agendada "há muito tempo", avança a agência Reuters.

As autoridades sul-coreanas dizem que o míssil percorreu mil quilómetros em 74 minutos e atingiu uma altitude máxima de seis mil quilómetros, numa trajectória que parece ter sido programada com o objectivo de não atingir o território do Japão.

Especialistas contactados pela Reuters dizem que o lançamento desta quarta-feira pode ter sido mais um teste com o míssil balístico intercontinental Hwasong-18, um míssil de combustível sólido que é mais difícil de detectar e interceptar do que os mísseis de combustível líquido.

Nos últimos dias, Kim Yo-jong, a influente irmã do líder norte-coreano, Kim Jong-un, acusou os EUA de terem realizado oito voos de espionagem sobre a zona económica exclusiva da Coreia do Norte num único dia, e condenou a presença de um submarino nuclear norte-americano nas águas da Coreia do Sul.

Dentro de duas semanas, a 27 de Julho, a Coreia do Norte vai comemorar a data do que considera ser a sua vitória militar na guerra da Coreia de 1950-53, sendo esperadas novas demonstrações de força por parte do regime norte-coreano.