Espanha: temperatura à superfície do solo ultrapassou os 60 graus Celsius
Imagem do programa Copérnico mostra que, nalgumas áreas da Estremadura, a temperatura à superfície do solo ultrapassou 60 graus Celsius na terça-feira. Temperaturas do ar rondam os 40 graus Celsius.
Uma forte onda de calor está a atravessar a Europa, tendo sido registados recordes de temperatura na França, Suíça, Alemanha e Espanha. Mas, para já, Portugal está a ser poupado. A imagem acima, captada por dispositivos do programa Copérnico no dia 11 de Julho, terça-feira, mostra uma vasta extensão do território espanhol pintada em tons de vermelho e preto.
Em algumas áreas da Estremadura, a temperatura à superfície do solo ultrapassou 60 graus Celsius (não confundir com a temperatura do ar), como mostra a visualização de dados derivada de medições do Radiómetro de Temperatura da Superfície do Mar e da Terra (SLSTR, na sigla em inglês), um instrumento dos satélites Sentinela 3 que permite uma monitorização detalhada da temperatura da superfície terrestre do planeta.
“A onda de calor em curso esta semana na Espanha levou a que um total de 13 comunidades autónomas estivessem em risco extremo (alerta vermelho), risco significativo (alerta laranja) e risco (alerta amarelo) devido às temperaturas máximas que, nalguns casos, vão ultrapassar os 40 graus Celsius e atingir um máximo de 43 graus Celsius”, refere uma nota do Copérnico, o serviço europeu de observação da Terra.
Em Portugal, não há, neste momento, previsões meteorológicas de possíveis ondas de calor, de acordo com o serviço de meteorologia do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Apenas para o distrito de Faro apresenta aviso de tempo quente, que se deverá manter até sexta-feira da próxima semana. O Algarve, o interior do Alentejo e Castelo Branco devem continuar a ser as regiões mais quentes do país.
“Há inclusivamente possibilidade de alguma nebulosidade e precipitação fraca na região Norte a partir de quarta-feira. Isto porque teremos a aproximação de uma superfície frontal fria de fraca actividade na parte Norte da península ibérica”, explicou ao PÚBLICO a meteorologista Patrícia Gomes, do IPMA.