Criança de dois anos desaparecida em França desde sábado
As buscas por Émile já cobriram uma área de mais de 480 hectares, mas sem sucesso. Segundo o autarca da aldeia de Le Vernet, não há indícios de rapto.
Émile estava a brincar no jardim da casa dos avós, na aldeia de Le Vernet, na região de Alpes de Alta Provença, em França, quando desapareceu.
Os avós preparavam-se para sair e, quando iam para colocá-lo no carro, por volta das 17h15 (hora local, 16h15 de Lisboa) repararam que o menino de dois anos já lá não estava.
A polícia francesa, os bombeiros, populares e familiares do menino rapidamente começaram as buscas. No total, cerca de 200 voluntários ajudaram. Segundo o The Guardian, equipas de resgate e salvamento servidos de helicópteros, drones com câmaras térmicas e cães farejadores cobriram uma área de 486 hectares, aproximadamente, sem sucesso.
O autarca de Le Vernet, François Balique, disse à televisão francesa que nada indica um rapto esteja na origem do desaparecimento. "É uma vila pequena com 20 casas, mais ou menos, conseguimos ver tudo", afirmou. "Pode ter andado alguma distância e perdeu-se."
O procurador público, Rémy Avon, disse, segundo o Guardian, que duas pessoas viram o menino a abandonar a casa dos avós, onde estava a passar férias, mas que depois o "perderam de vista".
Na manhã de segunda-feira, a zona de busca tinha sido alargada, mas na terça as autoridades mudaram de estratégia, diz o Le Figaro. Em vez de realizar buscas em grande escala, as autoridades focam-se agora, em vez disso, na investigação do caso.
François Daoust, director do centro de pesquisa da gendarmaria e professor de Ciências Criminais da Universidade de Cergy-Paris, disse ao jornal francês que a hipótese inicialmente levantada de que a criança de dois anos ter-se-ia perdido sozinha na natureza é agora vista como menos provável.
O investigador explicou que, normalmente, há três hipóteses em casos como o de Émile: ou a criança fugiu sozinha, ou uma pessoa teve um acidente com o menino e escondeu o corpo, ou foi raptada. Passados dois dias sem rasto da criança e sem resultados nas buscas, Daoust considera que "a hipótese um diminui em credibilidade, a hipótese dois torna-se então a mais provável" para os investigadores.