O Indiana Jones de Auguste Maquet

O Marcador do Destino, não sendo um filme horrível, ou sequer mau, é mediano e esquecível, sobretudo por ser “apenas Maquet”.

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Perto do fim de O Visconde de Bragelonne, a última “sequela” de Os Três Mosqueteiros, Alexandre Dumas dedica um capítulo inteiro à velhice de Athos, intitulado, para ninguém vir ao engano, A Velhice de Athos. São oito páginas em que Athos ocupa idosamente uma casa tornada maior e mais vazia pelo passar dos anos e pela súbita ausência do filho. Os parágrafos estão repletos de menções ao “declínio”, às “dores e inconveniências que crescem geometricamente”, à sua figura “ainda esbelta, mas curvada”, às horas que passa reclinado com um livro ao colo “sem ler, nem dormir”. É difícil não recordar o capítulo durante o segundo acto do novo Indiana Jones, quando um octogenário Indiana Jones cambaleia pelo seu apartamento solitário — cheio de fotografias de um filho morto, papéis de divórcio, intimações de reforma — antes de ir ralhar com os vizinhos para fazerem menos barulho.

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