Governo: mais 11 mil utentes terão médico de família com a criação de oito novas USF

Sobe para 34 o número de Unidades de Saúde Familiar que passam para o modelo B, que estão “em condições de fazer já esta transição”, informa o Ministério da Saúde.

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No total, as novas oito USF-B têm uma capacidade de 95.084 utentes Nuno Ferreira Santos
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O Governo aprovou esta sexta-feira a passagem de mais oito Unidades de Saúde Familiar (USF) para o modelo B, numa mudança que, segundo nota enviada às redacções pelo Ministério da Saúde (MS) este sábado, vai permitir a 11.218 utentes terem médico de famílias. Com o aumento, sobe para 34 o número de USF-B criadas este ano, informa o gabinete de comunicação do MS no comunicado.

Das oito novas USF, duas são no concelho de Lisboa, uma em Borba, uma na Marinha Grande, uma em Porto de Mós, uma no Cartaxo, uma em Vila do Conde e uma em Matosinhos. No total, as novas oito USF-B têm uma capacidade de 95.084 utentes.

No início deste ano, ministérios da Saúde e das Finanças tinham já definido que 28 USF passariam para o modelo B, o qual "permite proporcionar melhores cuidados de saúde à população e remunerar as equipas com incentivos associados aos serviços a que as pessoas têm acesso".

Esta sexta-feira foi assinado um despacho conjunto que prevê o alargamento desse número para 34, "o que corresponde ao total das USF em condições de fazer já esta transição". Trata-se de um "número recorde" desde 2010 e também o mais elevado depois dos primeiros dois anos de funcionamento deste modelo de cuidados primários.

De acordo com a nota à imprensa, a decisão de alargamento visa não atrasar o processo das USF que já tinham as candidaturas aprovadas enquanto decorre o processo de generalização das USF-B, que está a ser ultimado. A intenção do Governo é que, até ao final do ano, todos as USF modelo A (260) passem para o modelo B, ou seja, com uma remuneração associada ao desempenho dos profissionais de saúde.

A tutela entende que a criação de USF "tem um papel essencial" na valorização dos Cuidados de Saúde Primários. Nesse contexto, estão incluídas pequenas equipas multiprofissionais, que reúnem médicos, enfermeiros e secretários clínicos, que contratualizam com os respectivos Agrupamentos de Centros de Saúde a assistência a uma determinada população, garantindo cobertura total de médico e enfermeiro de família aos seus utentes.

"O acréscimo destas 34 unidades consolida a valorização dos cuidados de saúde primários como base do SNS, um caminho indissociável o compromisso de garantir cada vez mais e melhor resposta às necessidades em saúde dos portugueses e dar um novo impulso à promoção de saúde e prevenção", lê-se ainda no comunicado de imprensa.

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