José Mattoso: Marcelo e Costa lembram “um dos grandes sábios” e “referência maior da cultura”

Presidente da República recorda a “longa e indispensável bibliografia no campo da História Medieval” de José Mattoso. O primeiro-ministro lembrou uma “figura notável da nossa historiografia”.

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José Mattoso morreu este sábado aos 90 anos Pedro Cunha
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, refere que “José Mattoso foi um dos maiores historiadores portugueses e um dos grandes sábios portugueses”, numa nota da Presidência da República.

Marcelo Rebelo de Sousa destaca que, além da sua “longa e indispensável bibliografia no campo da História Medieval”, José Mattoso coordenou uma importante História de Portugal em oito volumes, escreveu sobre historiografia e sobre a identidade nacional.

O Presidente da República realça que, pela sua obra, foram-lhe atribuídas distinções como o Prémio Pessoa, e o grau de Grande-Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada. Nota ainda as suas intervenções a nível cívico e político, bem como “um tocante empenho à nascente nação de Timor-Leste”.

Marcelo Rebelo de Sousa recorda que, ainda em Janeiro deste ano, quando José Mattoso fez 90 anos, teve “oportunidade de lhe exprimir a gratidão e a admiração dos portugueses”.

Numa mensagem no Twitter, António Costa lembra uma “figura notável da nossa historiografia e referência maior da cultura”. “Devemos-lhe um novo olhar sobre a nossa identidade, um conhecimento profundo do nosso passado e um cuidado na preservação da memória do país”, reagiu o primeiro-ministro.

Em reacção à morte de José Mattoso, Augusto Santos Silva, Presidente da Assembleia da República notou a “enorme perda para a ciência e cultura portuguesa”. Augusto Santos Silva escreveu na rede social Twitter que “ficam o seu exemplo de vida e a sua interpretação histórica de Portugal, que continuarão a iluminar-nos”.

Num e-mail enviado no início desta noite, o Gabinete da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lamenta a morte do historiador e recorda “uma figura maior da academia portuguesa e perene admiração por uma vida marcada por um compromisso ético inabalável com o pensamento e a cidadania”.

José Mattoso morreu este sábado aos 90 anos. O historiador nasceu em Leiria em 1933 e foi monge entre os 17 e os 30 e muitos anos. Licenciou-se em História e doutorou-se em História Medieval na Universidade Católica de Lovaina (Bélgica). Foi presidente do Instituto Português de Arquivos (IPA, 1988-90) e director da Torre do Tombo entre 1996 e 1998. Ao longo da sua carreira, passou pelo Centro de Estudos Históricos da Universidade de Lisboa, pela Faculdade de Letras da mesma universidade e, depois, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

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