Já se pode circular a pé ou de bicicleta por cima do Trancão

Ponte liga pela primeira vez as zonas ribeirinhas de Lisboa e Loures. Obra começou a ser feita em 2021.

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A ponte é de madeira e tem 560 metros NFS Nuno Ferreira Santos
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Os presidentes das câmaras de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), e Loures, Ricardo Leão (PS), inauguraram nesta quinta-feira a ponte ciclopedonal sobre o Rio Trancão, no Parque Tejo, onde vão decorrer os eventos mais importantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A estrutura de 560 metros, em que a madeira é o material dominante, está já aberta ao público.

Leão e Moedas, acompanhados pelo Cardeal Patriarca, Manuel Clemente, e pelo bispo Américo Aguiar, que preside ao projecto JMJ, teceram loas à obra e ao facto de, pela primeira vez, as zonas ribeirinhas dos dois concelhos estarem ligadas.

“É um momento muito mercante até porque, daqui a exactamente um mês, a 6 de Agosto, o Papa estará aqui a rezar uma missa”, afirmou Carlos Moedas, que chegou a apelidar o momento de “comovente”.

Ambos os presidentes salientaram “as excelentes relações” que dizem ter, reforçando que essas relações contribuíram para que a obra ficasse concluída. Leão lembrou mesmo que, quer ele, quer Moedas, só chegaram às presidências das suas autarquias nas últimas eleições autárquicas. O que fez com que a obra tivesse de “avançar com rapidez”.

“A ponte está pronta e inaugurada”, garantiu Moedas, e “feita a tempo” de abertura da JMJ, E Moedas até já vê o Papa em cima da ponte em Agosto.

O PÚBLICO questionou os dois presidentes sobre a ausência de qualquer membro do Governo. Carlos Moedas assegurou que a ministra-adjunta e do Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, tinha sido convidada mas não pode estar presente por ter uma reunião do Conselho de Ministros fora de Lisboa.

“A Sra. ministra tinha muita pena, mas disse-me que estava no conselho de ministros fora de Lisboa. Tivemos aqui uma questão de calendário, mas a Sra. ministra estava convidada e gostava muito de ter estado aqui hoje”, declarou o presidente da Câmara de Lisboa.

Mas porque não se fez representar, nomeadamente pelo coordenador do Governo para a jornada, José Sá Fernandes?”, insistimos. A resposta de Moedas foi curta: “A ministra é que sabe quem a representa.”

A ponte ciclopedonal sobre o Rio Trancão é uma obra da EMEL, co-financiada pelo programa Lisboa 2020, ao abrigo do Programa Operacional de Lisboa.

Esta obra, aprovada no anterior mandato autárquico, foi projectada para permitir a ligação entre as redes cicláveis dos municípios de Lisboa e Loures através da construção de um percurso ciclopedonal que começa na rotunda da Praça Gago Coutinho (zona residencial norte do Parque das Nações), seguindo pela Alameda dos Oceanos, Rua da Cotovia/Passeio do Trancão até à nova ponte.

As obras tiveram início em Setembro de 2021 e o projecto tem um investimento de 4,1 milhões de euros.

Como lembrou Carlos Moedas, “este é um dos projectos que fica para a cidade” e que materializa uma das peças finais de um percurso pedonal de 60 quilómetros de frente ribeirinha que no futuro irá ligar Cascais a Vila Franca de Xira.

Obras quase prontas

As restantes obras nos 100 hectares do Parque Tejo também já estão bastante adiantadas, quer do lado de Lisboa, quer no de Loures.

Os trabalhos de terraplanagem, que permitirão a circulação de peregrinos, já foram concluídos. Nos diversos talhões (33 do lado de Lisboa, 50 no de Loures), cada um com o tamanho de um campo de futebol, a relva mostra-se em muitos deles num verde vivo, os pontos de água e as instalações sanitárias já estão montados e dezenas de caixotes de lixo de recolha selectiva já estão espalhados pelo terreno.

Do lado de Lisboa, também já estão levantadas várias tendas brancas, que vão funcionar como uma espécie de pórtico de cada talhão, oferecendo diversos serviços e até servir como espaço de confissão.

O polémico palco-altar também já mostra uma imponente estrutura de ferro e, segundo têm dito os responsáveis pela autarquia alfacinha, deverá ficar concluído até ao dia 15 deste mês. Montada há já bastante tempo está também a rede/barreira que vai impedir os peregrinos de se refrescarem no rio Tejo. Falta montar os postes de iluminação, os ecrãs de imagem e os pontos da rede wi-fi.

Notícia alterada às 20h21. Foi corrigida informação errada de que a ponte ainda não estaria aberta.

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