VW Amarok, a pick-up que quer continuar a trabalhar sem prescindir do lazer

A pick-up da Volkswagen apresenta-se nesta nova geração com ainda mais capacidade de ser levada para os campos, mas chega apetrechada para se pôr de bicos de pés entre os premium.

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A Amarok chega com três grupos propulsores, todos a gasóleo DR
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Amarok é nome de um lobo gigante da mitologia inuíte, que persegue e devora qualquer pessoa que cace sozinha à noite. No portefólio da Volkswagen, porém, a Amarok propõe-se a ajudar quem queira caçar a qualquer hora — ou fazer qualquer outro trabalho, inclusive os mais pesados, longe das estradas asfaltadas. A título de exemplo, a nova geração reclama o maior poder de reboque de sempre: 3500kg, mais 300 do que a geração que a precede, tendo a carga útil subido de 935 para 1160 quilos.

Com 5350mm de comprimento e uma distância entre eixos de 3270mm, a Amarok está mais alta e mais longa, mas mais estreita, o que, assevera a Volkswagen, pode tornar-se uma mais-valia por caminhos mais apertados, tornando-se mais provável sair deles sem mazelas, leia-se os típicos riscos na carroçaria das viaturas que percorrem tais trilhos. E não lhe faltam outros atributos para enfrentar o off-road, com ângulos de ataque de 29°, ventral de 21º e de saída entre os 22° e os 26°, admitindo passagens a vau de 80cm.

Na Europa, e em Portugal especificamente, há a certeza de vir a poder conquistar uma pequena fatia de mercado, mas as grandes expectativas estão depositadas noutros mercados. Não à toa, o modelo é produzido na África do Sul, na fábrica de Silverton. E, por isso, a entrega pode vir a ser demorada: entre a encomenda e a entrega, a marca prevê um período de espera entre oito e dez meses.

Ao mercado nacional, chegará apenas a variante de cabina dupla, sempre com tracção integral 4Motion, que pode ser configurada com três níveis de equipamento e integrar três grupos propulsores, todos a gasóleo.

Na entrada da gama, está o bloco 2.0 TDI de 170cv, com binário máximo de expressivos 405 Nm, acoplado a uma caixa manual de seis velocidades, seguido do mais equilibrado 2.0 TDI Biturbo de 205cv, com 500 Nm de binário. Neste caso, o bloco pode ser gerido por uma caixa manual de seis ou, em opção, por uma automática de 10 velocidades com e-shifter de tecnologia by wire, passando a dispor da função 4A, que automaticamente adapta a tracção às necessidades do piso e do rolamento (há ainda a função 2H, para tracção traseira; 4H, que corresponde às quatro rodas motrizes sem limite de velocidade; e 4L, disponível até aos 5 km/h).

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VW Amarok 2023 DR

Manualmente, é ainda possível desligar o controlo de estabilidade electrónico e bloquear o diferencial traseiro, havendo uma função específica para enfrentar descidas íngremes. A condução também pode ser configurada em seis modos: Normal (4x2/4A), Eco (4x2), Rebocar (4x4), Escorregadio (4A), Lama/Terra (4H) e Neve/Areia (4H).

A caixa automática é de série na variante mais apimentada, animada por um 3.0 TDI, de arquitectura V6, a debitar 241cv, com binário máximo de 600 Nm, logo disponível às 1750rpm (e até às 2250rpm).

Em termos de equipamento, as versões são a mais despida Life apenas para o bloco de 170cv (desde 36.209€), mas que, ainda assim, traz sensores, assistente de máximos ou cruise control adaptativo , a intermédia Style (desde 41.338€), que junta faróis em matriz de LED, estofos em alcântara, jantes de 18 polegadas, ar condicionado de duas zonas e ecrãs de 12 polegadas, e a mais requintada Aventura (desde 55.868€), exclusiva do modelo com 240cv, com espelhos retrovisores exteriores e puxadores das portas cromados e pára-choques traseiro com aplicações cromadas, bloqueio mecânico do diferencial, estribos com aplicações cromadas, jantes de liga leve de 20" e farol Matrix LED IQ.Light.

Para breve, é esperada uma versão R-Line, de cariz mais desportivo, que ainda se encontra em desenvolvimento.

Preparada para lazer

Sendo habitualmente vista como uma ferramenta de trabalho, a Amarok chega também para provar que uma pick-up pode ser uma boa aliada no lazer, a começar por um interior que prima pelo conforto e que tira proveito das características tecnológicas que a Volkswagen tem ao seu dispor, com o tradicional painel de instrumentação a ser substituído pelo cockpit digital.

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VW Amarok 2023 DR

Ao centro do tablier, há um ecrã táctil para gerir o infoentretenimento e os bancos, que proporcionam um bom apoio lombar, usufruem de ajuste eléctrico nas versões de equipamento mais recheadas.

O novo Amarok passa ainda a dispor de vários sistemas de assistência ao condutor, sendo mais de 20 novos no modelo, como o cruise control adaptativo, com leitura de sinais rodoviários, adaptando automaticamente a velocidade aos limites legais.

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