PAN quer cancelar touradas durante a visita do Papa Francisco a Portugal

O partido de Inês Sousa Real recomenda ao Governo que sejam cancelados os cinco espectáculos tauromáquicos previstos no país durante a realização da Jornada Mundial da Juventude.

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Realização destas touradas significa que “pelo menos 30 animais serão massacrados" nesses dias, diz o PAN Matilde Fieschi
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Deu entrada nesta terça-feira, no Parlamento, uma proposta do PAN que recomenda ao Governo a suspensão da realização de touradas em todo o país durante a visita do Papa Francisco a Portugal no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O partido de Inês Sousa Real defende que esta medida seria uma demonstração de respeito pelos animais.

O Pessoas-Animais-Natureza entende que seria “oportuno Portugal dar um sinal ao mundo de respeito pela dignidade dos animais, da natureza e até pelos direitos humanos, suspendendo a actividade tauromáquica” prevista para os primeiros seis dias de Agosto, quando se realiza a JMJ.

Citando a encíclica Laudato Si', escrita pelo Papa Francisco, o partido de Inês Sousa Real lembra que “é contrário à dignidade humana fazer sofrer inutilmente os animais e dispor indiscriminadamente das suas vidas”. Nesse sentido, o partido sugere ao Governo que, no âmbito da visita papal, sejam canceladas as cinco corridas de touros que o partido diz estarem para já previstas (Nazaré, Beja, Pombal, Almeida e Leiria).

A realização destas touradas significa que “pelo menos 30 animais serão massacrados e mortos nesses dias”, lê-se no projecto de resolução do partido.

O PAN sustenta ainda que “além da violência exercida contra os animais e da crueldade inerente às touradas, estes espectáculos também provocam inúmeras vítimas humanas”. E menciona o facto de a violência da tauromaquia em Portugal ter sido “considerada uma violação de vários artigos da Convenção dos Direitos da Criança em Setembro de 2019”.

No mesmo projecto de resolução, o PAN acrescenta que, mesmo depois de o Governo ter proposto uma amnistia e um perdão de crimes cometidos por jovens entre os 16 e 30 anos, “se o Governo pretende conceder algum contributo positivo” no âmbito deste evento da Igreja Católica, a prioridade deve ser a implementação de medidas de combate à crise climática e a criação de apoios aos jovens no acesso à educação e habitação.

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