Apropriaram-se de 22 terrenos por usucapião e acabaram a contas com a Justiça
Do rol dos arguidos destaca-se um ex-vereador da Câmara de Olhão, um notário, elementos da comunidade cigana e uma psicóloga. Todos estiveram envolvidos na utilização da figura jurídica “usucapião”.
Em apenas três anos, 22 prédios mudaram de dono sem que os legítimos proprietários se tivessem apercebido de terem perdido o direito à propriedade. A maioria das transacções fraudulentas ocorreu nos concelhos de Olhão, Faro e Tavira entre 2018 e 2021. A figura central do processo em julgamento, que decorre no Tribunal de Faro, onde nesta quarta-feira decorrem as alegações finais, é João Pereira, um antigo vereador da Câmara de Olhão, eleito pelo Bloco de Esquerda mas que foi entretanto expulso do partido quando alegadamente se envolveu em actividades criminosas. A acusação aponta crimes que vão desde a burla qualificada à falsificação de declarações e de documentos. Há 38 arguidos.
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