Philipsen mostrou ao Tour que está acima dos demais

Na classificação geral nada de relevante há para contar e Adam Yates mantém-se de camisola amarela. E deverá manter-se na próxima ida para a estrada, com mais um previsível sprint nesta terça-feira.

Foto
Philipsen celebra em França Reuters/BENOIT TESSIER
Ouça este artigo
00:00
02:14

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O melhor foi o melhor. Jasper Philipsen (Alpecin), considerado por muitos o melhor sprinter do ciclismo actual, venceu nesta terça-feira, a terceira etapa da Volta a França, batendo Phil Bauhaus (Bahrain) e Caleb Ewan (Lotto) num final em pelotão compacto.

Na chegada a Bayonne, cidade costeira no sudoeste francês, o ciclista belga venceu pela terceira vez na prova gaulesa, depois dos dois triunfos em 2022, e fechou com sucesso o bom trabalho do "comboio" da Alpecin nos quilómetros finais. Destaque para os pódios de Bauhaus, velocista que ainda não é da nata mundial e nem tem uma equipa pensada para si, e Ewan, que parecia já afastado dos seus melhores dias, mas que mostrou força para vir a fazer bons sprints neste Tour.

A etapa desta terça-feira, quase toda plana e com final desenhado para um sprint, prometia ser globalmente algo aborrecida e a expectativa foi cumprida por inteiro.

Neilson Powless, a apanhar todas as “migalhas” para a classificação da montanha, colocou-se em fuga com o experiente Laurent Pichon, cujo objectivo mais ambicioso seria apenas ser o mais combativo do dia – ambos acabaram o dia com os desígnios pessoais cumpridos: o americano com liderança reforçada na montanha, o francês com subida ao pódio e prémio de combatividade.

A controlar os aventureiros à distância, o pelotão teve durante muitos quilómetros o “tractor” Tim Declerq na cabeça do grupo – uma imagem já clássica de etapas planas do Tour e bastante fácil de identificar pelo porte físico inconfundível do gigante belga.

Declerq e a Quick-Step, sempre interessados em finais de etapa deste tipo, tiveram ajuda das demais equipas com sprinters e os fugitivos foram neutralizados, como se esperava, a cerca de 40 quilómetros da meta.

Nesta altura, o pelotão tinha vento nas costas, o que agilizava a chegada à meta. Antes do sprint final, o desenho da etapa tinha uma curva quase cega, cujo perfil tiraria sempre da luta quem não saísse dela em boa posição e com boa velocidade. Foram os casos de Sagan, Kristoff e Coquard, que ficaram fora do sprint final decidido entre Philipsen, Bauhaus e Ewan.

Nas contas da classificação geral nada de relevante há para contar e Adam Yates mantém-se de camisola amarela. E deverá manter-se na próxima ida para a estrada, já que para esta terça-feira está desenhada mais uma tirada para previsível final em pelotão compacto.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários