A série de reportagens Islândia – Terra do Gelo, de Patrícia Carvalho, Nuno Ferreira Santos, Joana Bourgard e Vera Moutinho, venceu o primeiro lugar na categoria digital da segunda edição dos prémios de Jornalismo para a Sustentabilidade. Entre os premiados estão outros trabalhos publicados em órgãos de comunicação social como a SIC, a RTP, a TSF e a revista Visão.
O trabalho Islândia – Terra do Gelo resulta de uma série de reportagens realizadas por uma equipa do PÚBLICO, em Junho de 2022, na Islândia, com seis cientistas portugueses que trabalham naquele país em áreas ligadas à biodiversidade. O interesse científico de cada um desses investigadores é perceber melhor os efeitos das alterações climáticas, em diferentes vertentes, e ajudar a combatê-los. A série premiada consiste em seis reportagens em texto, fotografia e vídeo, publicadas na secção Azul, precedidas de uma outra, em texto e fotografia, publicada no suplemento P2.
O segundo prémio na categoria digital foi atribuído a Rafael Vieira e Mário Canelas, pelo trabalho intitulado Estas hortas estão à mão de semear em Coimbra, publicado na revista digital Coimbra Cooletiva.
Imprensa, televisão e rádio
Na categoria Impressa, foram distinguidos o trabalho Dois metros, 60 quilos e ‘mesmo feio’: o que o maior peixe alguma vez pescado no Tejo significa para o nosso maior rio, de Raquel Moleiro e António Pedro Ferreira, publicado no jornal Expresso, e Este ar que nos sufoca, de Sónia Calheiros, publicado na revista Visão, com o primeiro e segundo prémio, respectivamente.
Já na categoria de Televisão, o trabalho intitulado A roupa dos brancos mortos, de Amélia Moura Ramos, Paulo Cepa, Luís Gonçalves, Pedro Morais, Diana Matias, Ângela Rosa e António Simões, transmitido na SIC, venceu o prémio principal. Em segundo lugar, ficou Dose de contágio, transmitido na RTP, um trabalho da autoria de Mafalda Gameiro, João Serra Martins e Paulo Nunes.
O prémio na categoria Rádio foi entregue a Rute Fonseca e José António Barbosa, pelo trabalho intitulado Fazem mais de 10 km por dia em nome do ambiente, emitido na TSF. O júri decidiu não atribuir nesta edição o segundo prémio na categoria Rádio, “por entender que os trabalhos candidatos não apresentavam níveis de qualidade distintivos”. Foi ainda proposta a atribuição de um primeiro e um segundo prémios nas categorias de Imprensa, Televisão e Digital, no valor de 4000 e 2000 euros, respectivamente. O valor global dos prémios ascenderia a 24 mil euros.
Os membros do júri, presidido por Felisbela Lopes, professora de Jornalismo na Universidade do Minho, analisaram 51 candidaturas: 21 na categoria de Imprensa, duas de Rádio, nove de Televisão e 19 de Digital. “Os trabalhos jornalísticos distinguidos revelam significativa qualidade e profundidade, embora se constate que em Portugal existe ainda margem para um agendamento mais reiterado das temáticas da sustentabilidade”, afirmou a docente, numa nota de imprensa.
Integram ainda o júri António Granado, professor de Jornalismo da Universidade Nova de Lisboa, Clara Almeida Santos, professora da Universidade de Coimbra, Gualter Crisóstomo, director de sustentabilidade do Ceiia, e Tiago Miranda, professor da Universidade do Minho.
Na cerimónia de entrega de prémios, que decorreu esta segunda-feira, na sede do Ceiia, em Matosinhos, estiveram ainda presentes José Rui Felizardo, presidente do Ceiia, José Gomes Mendes, presidente do executivo da Fundação Mestre Casais, e Jorge Delgado, secretário de Estado da Mobilidade Urbana. António Granado foi o orador convidado da sessão.
Na edição de 2022, os trabalhos do PÚBLICO Seis décadas depois de Jane Jacobs, ainda andamos a tentar salvar a rua, da autoria de Abel Coentrão e Adriano Miranda, e Habitação: do Protesto à Proposta, de Luísa Pinto e Rui Barros, foram distinguidos com o segundo lugar nas categorias de Imprensa e Digital, respectivamente.