Tecnologia 3G tem os dias contados nas redes da Meo, Nos e Vodafone

Tecnologia mais antiga vai ser descontinuada e empresas prometem mais rapidez e fiabilidade nas comunicações 4G e 5G.

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Movimento de descontinuação da tecnologia mais antiga está a acontecer por toda a Europa NELSON GARRIDO / PòBLICO
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Os operadores de telecomunicações querem descontinuar a tecnologia da terceira geração móvel, cujas licenças foram atribuídas no início de 2001 (embora a tecnologia só tenha arrancado uns anos mais tarde), e que popularizou o acesso à Internet no telemóvel.

Com o fim do 3G (ou tecnologia UMTS) e a realocação das frequências que hoje são usadas nesta tecnologia mais antiga para as redes mais recentes de 4G e 5G vêm as promessas de melhoria na qualidade do serviço para todos os clientes, com comunicações mais rápidas e estáveis (no 2G, tecnologia que permite chamadas de voz em todo o país, não se prevêem alterações).

A Meo, da Altice, será a primeira empresa a iniciar e concluir o processo de eliminar o 3G. Esta “evolução natural da rede móvel” irá iniciar-se a 4 de Setembro e deverá estar concluída a 31 de Janeiro do próximo ano, adiantou a empresa numa nota à imprensa.

Com o fim do 3G, a operadora presidida por Ana Figueiredo diz que dará “resposta às crescentes exigências de consumo de dados e do número de devices [aparelhos] conectados” numa rede que hoje mistura tecnologia de várias gerações. “Maior cobertura, velocidade e resiliência” são as garantias da Altice.

No caso da Nos e da Vodafone, as alterações apenas serão visíveis em 2024.

A Nos refere que o seu processo de descontinuação do 3G “ocorrerá de forma faseada a partir de meados do próximo ano e que, brevemente, será comunicado a todos os seus clientes”.

Trata-se de “um movimento tecnologicamente natural pelo qual todos os operadores de comunicações irão passar” e que é benéfico para os clientes, pois “reforça a disponibilidade das redes 4G e 5G, permitindo uma melhoria da qualidade de rede, maior velocidade de navegação, menor latência e maior eficiência energética”, diz a empresa presidida por Miguel Almeida.

A Vodafone adianta que “vai iniciar dentro de um ano, a partir de Julho de 2024, progressivamente, o desligamento da sua rede 3G”. É “um passo importante para reforçar o acesso dos clientes no país a comunicações mais rápidas, eficientes e ainda mais seguras”, sublinha a empresa presidida por Luís Lopes.

“A esmagadora maioria dos clientes da Vodafone não será afectada por esta mudança, uma vez que já utiliza equipamentos e cartões SIM compatíveis com as restantes gerações de comunicação móvel”, explica a empresa.

Todos os que não tiverem nesta situação “serão atempadamente contactados pela Vodafone e terão um período alargado – um ano – para fazer uma transição gradual, seja actualizando o seu equipamento ou o cartão SIM”.

Lembrando que o grupo Vodafone já fez processos semelhantes em mercados como os Países Baixos, Alemanha, República Checa, Itália, Reino Unido ou Irlanda, a operadora também salienta que “os equipamentos de rede que permitem o seu funcionamento [do 3G] são hoje energeticamente menos eficientes”. Assim, “a sua modernização e substituição terá um impacto ambiental positivo”.

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