Anabela Mota Ribeiro: “Nada do que está no livro, mesmo autobiográfico, me envergonha”
O Quarto do Bebé, o primeiro romance de Anabela Mota Ribeiro, nasceu de uma raiva que cresceu com a doença que a afectou. Ao mesmo tempo, o mundo lidava com outra, global.
Depois da morte do pai, a filha de um psicanalista encontra um diário de uma paciente com o título Fala Orgânica. Há uma assinatura, Ester do Rio Arco. A filha do psicanalista, aqui conhecida como “A Filha do meu Pai”, lê-o, sente grande afinidade com ele e dá-lhe outro título. Remete para um lugar de perda, mas também de “gestação”: O Quarto do Bebé. É um lugar de escrita dominado por elementos femininos, diz a jornalista Anabela Mota Ribeiro numa conversa sobre a sua estreia no romance, em que quis explorar ideias como as de autoria e audiência e onde fala da exposição inerente à autobiografia.
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