Kremlin anuncia fim do grupo Wagner na Ucrânia

Mercenários liderados por Yevgeny Prigozhin recusaram ficar ao serviço do Ministério da Defesa russo. Participação na guerra deverá chegar ao fim.

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O líder do Wagner, Yevgeny Prigozhin, ao lado de dois dos seus mercenários, na Ucrânia, em Maio passado Reuters/Gabinete de Imprensa da Concord
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Os mercenários do grupo Wagner, que combateram as tropas de Kiev em algumas das batalhas mais violentas da guerra iniciada em Fevereiro de 2022, vão mesmo deixar a Ucrânia.

A retirada do Wagner foi confirmada esta quinta-feira pelo presidente do comité de Defesa da Duma russa, Andrei Kartapolov, que alegou que o líder e fundador do grupo, Yevgeny Prigozhin, recusou assinar um contrato proposto pelo Ministério da Defesa. ​

Dias antes da tentativa de rebelião dos homens de Prigozhin, que assumiram, no último fim-de-semana, intenções de "marchar pela justiça" até Moscovo, o Kremlin terá avisado que "todas as unidades que realizam missões de combate" no país ocupado deveriam passar do sector privado para a tutela do Ministério da Defesa e das Forças Armadas da Rússia.

Segundo afirma Kartapolov, citado pela agência estatal russa TASS, Prigozhin foi informado de que, caso essa opção não fosse aceite, "deixaria de fazer parte da operação militar especial" — designação dada pelo Kremlin à guerra na Ucrânia. "Ou seja, deixariam de receber financiamento e equipamentos."

"Resume-se a isto: dinheiro, uma ambição estúpida e desmedida, e um momento de alvoroço. Tudo junto resultou numa tentativa de alta traição e no engano dos seus combatentes", considerou Andrei Kartapolov, ainda sobre a "rebelião armada" do grupo Wagner.

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