Ópera portuguesa A Menina, o Caçador e o Lobo chega a Paris em Janeiro de 2024

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Estreada em Amesterdão, a ópera já se apresentou no Porto, em Loulé e em Lisboa dr

A ópera A Menina, o Caçador e o Lobo, com música de Vasco Mendonça e libreto de Gonçalo M. Tavares, terá seis récitas na Ópera Nacional de Paris entre 29 de Janeiro e 3 de Fevereiro de 2024.

De acordo com a programação da ópera parisiense, que foi divulgada esta quinta-feira, este espectáculo para crianças com mais de seis anos será apresentado no Anfiteatro Olivier Messiaen da Ópera da Bastilha. As sessões dos dias 31 de Janeiro, 2 e 3 de Fevereiro destinam-se ao público em geral. O público escolar terá duas récitas no dia 29 de Janeiro e uma terceira a 2 de Fevereiro.

Produzida pela Ópera Nacional dos Países Baixos, onde se estreou no ano passado, e pelo Lot Muziektheater, de Gent, na Bélgica, e tendo como co-produtores o Lu.Ca – Teatro Luís de Camões (Lisboa), o Teatro Municipal do Porto, o Cineteatro Louletano e o Spectra, de Gent, a ópera já foi representada em Dezembro de 2022 no Teatro Municipal do Porto e em Junho deste ano em Lisboa.

A ópera, que parte do conto O capuchinho vermelho, será ainda debatida num encontro a realizar em 22 de Janeiro, no qual serão debatidas as chaves do espectáculo.

Com música de Vasco Mendonça e libreto de Gonçalo M. Tavares, a encenação é de Inne Goris, com direcção musical de Alphonse Cemin, dramaturgia de Willem Bruls, cenografia e luzes de Stef Stessel e figurinos de Lotte Boonstra. Interpretam o espectáculo o ensemble Spectra, com Pauline Texier, Lise Nouguier (sopranos) e Fernando Escalona (contratenor).

"Inocente, o lobo dos contos de fadas: é este o desafio lançado" pelo compositor Vasco Mendonça, pelo libretista Gonçalo M. Tavares e pela encenadora ao "convidarem o público a inverter as expectativas do conto", lê-se numa nota sobre o espectáculo.

Em vez de ser um "Capuchinho Vermelho angustiado, Rosa é uma menina cheia de recursos, empática e pronta a salvar o mundo, pronta a salvar o lobo que está a ser perseguido pelos caçadores", acrescenta a nota.

"Esta versão musical do julgamento do lobo lembra-nos que a diferença não é uma ameaça. É uma fábula sobre a riqueza e a beleza da alteridade", conclui a mesma nota.