Leões-marinhos doentes estão a dar à costa na Califórnia por causa das algas

Leões-marinhos e golfinhos estão a dar à costa doentes ou mesmo mortos. Alterações climáticas podem agravar proliferação destas algas.

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Um dos leões-marinhos que deu à costa MIKE BLAKE/REUTERS
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Um leão-marinho com um dia de vida com a sua mãe doente MIKE BLAKE/REUTERS
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Um leão-marinho doente está sinalizado mas não pôde ser resgatado porque os centros de tratamento estão sobrelotados MIKE BLAKE/REUTERS
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Um leão-marinho doente está sinalizado mas não pôde ser resgatado porque os centros de tratamento estão sobrelotados MIKE BLAKE/REUTERS
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Um leão-marinho doente está sinalizado mas não pôde ser resgatado porque os centros de tratamento estão sobrelotados MIKE BLAKE/REUTERS
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Um leão-marinho doente no Marine Mammal Care Center MIKE BLAKE/REUTERS
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Um leão-marinho doente MIKE BLAKE/REUTERS
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Leões-marinhos doentes no Marine Mammal Care Center, enquanto recuperam MIKE BLAKE/REUTERS
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Leões-marinhos doentes no Marine Mammal Care Center, enquanto recuperam MIKE BLAKE/REUTERS
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Um leão-marinho doente está sinalizado mas não pôde ser resgatado porque os centros de tratamento estão sobrelotados MIKE BLAKE/REUTERS

Resgatados da praia, um leão-marinho doente e a sua cria recém-nascida estão agora a recuperar com dezenas de outros num centro de tratamento de mamíferos marinhos. Este centro faz parte do esforço de especialistas em vida selvagem da Califórnia, nos Estados Unidos, que estão a dar resposta a um aumento súbito de animais que estão a ficar doentes por causa de uma neurotoxina.

Segundo os especialistas, um surto recente de proliferação de algas — também conhecido por maré vermelha — adoeceu e matou um número incerto de leões-marinhos e de golfinhos.

Os biólogos marinhos encaram estes episódios com cautela e apreensão, porque consideram os leões-marinhos uma espécie que serve de indicador e ajuda a identificar riscos ambientais para os seres humanos.

“Começou como uma gota de água. Na primeira semana, tivemos 12 animais. Depois, na semana seguinte, tínhamos mais de 60 animais, por isso foi relativamente rápido”, disse John Warner, director executivo do Marine Mammal Care Center (Centro de Tratamento de Mamíferos Marinhos), no bairro costeiro de San Pedro, em Los Angeles.

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Pessoas na praia vigiam um leão-marinho doente MIKE BLAKE/REUTERS

Este centro é uma das várias organizações da Califórnia que estão a cuidar dos animais para que possam recuperar em segurança. O Channel Islands Marine & Wildlife Institute registou 1000 avistamentos de mamíferos marinhos doentes e mortos de 8 a 14 de Junho.

A proliferação de algas é um fenómeno natural que provoca a produção de uma neurotoxina chamada ácido domóico. Mas também podem proliferar devido a causas humanas, como as alterações climáticas e o excesso de nitratos que acabam por ir parar ao mar, dizem os especialistas. Houve cinco casos semelhantes na Califórnia desde 2002.

Os peixes pequenos ingerem a toxina e passam-na na cadeia alimentar. Os seres humanos não são afectados, a não ser que comam marisco infectado.

Os leões-marinhos são uma presença constante em muitas praias da Califórnia: apanham sol na costa, latem entre si e, por vezes, procuram uma refeição fácil oferecida pelos turistas.

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Mas os animais doentes balançam a cabeça para a frente e para trás, espumam pela boca ou têm convulsões. Alguns ficam simplesmente deitados na rebentação das ondas.

A cria de leão-marinho nasceu na vizinha praia Hermosa na semana passada, de uma progenitora doente que está a receber tratamento enquanto o filhote está a amamentar.

“A mãe estava a ter convulsões na linha de água. A cria estava na praia. Tivemos pessoas voluntárias afáveis, grandes parceiros com os nossos nadadores-salvadores, que isolaram o animal e o recém-nascido até conseguirmos lá chegar”, disse John Warner.

Os animais permanecerão no centro durante 30 a 60 dias antes de serem devolvidos à natureza. “É esse o nosso objectivo final com todos estes animais”, disse Warner.