Brilhante Dias não vislumbra problemas entre militantes e o PS apesar de carta aberta

Líder do grupo parlamentar, que se encontra na Madeira no âmbito das jornadas parlamentares do PS, desvaloriza críticas feitas por mais de 200 militantes a António Costa e Carlos César.

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Líder do grupo parlamentar do PS na sessão de abertura das jornadas parlamentares na Madeira LUSA/HOMEM DE GOUVEIA
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O líder da bancada parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, evitou comentar a carta aberta subscrita por mais de 200 militantes socialistas, que o PÚBLICO divulga nesta segunda-feira e na qual são feitas críticas ao presidente do partido, Carlos César, e ao secretário-geral, António Costa.

Questionado pelos jornalistas sobre o teor da carta no final de uma visita às obras do novo Hospital Central e Universitário da Madeira, no âmbito das jornadas parlamentares, Eurico Brilhante Dias respondeu: “Não faço comentários, a vida política do PS é tratada no seu interior. O Partido Socialista não tem problema nenhum com os seus militantes nunca teve – e com a diversidade de opiniões e não são comportamentos individuais numa determinada circunstância que classificam os militantes do PS.”

"Nós estamos aqui para trabalhar como grupo parlamentar, os assuntos do Partido Socialista são tratados noutro sítio. O que está em causa são comportamentos individuais, não foi nenhuma generalização para o conjunto dos militantes, e isso ficou claro mesmo nesse dia", assegurou o líder da bancada parlamentar, que se encontra na Madeira no âmbito das jornadas parlamentares do PS, que se encerram nesta terça-feira e que têm como lema "Ao lado dos portugueses: um crescimento justo e solidário".

A carta aberta surge na sequência de acusações feitas pelo presidente do PS, Carlos César, que disse que na última reunião da comissão nacional do PS estava “gente que não presta". Na mesma reunião, que decorreu no dia 3 de Junho, António Costa dirigiu-se a Daniel Adrião para declarar: “Andas há muito tempo a minar o PS.” Daniel Adrião é o líder do Movimento Democracia Plena, a tendência interna crítica da direcção socialista. Na carta, os subscritores afirmam: “Somos todos, orgulhosamente, gente que não presta."

Para além da visita às obras do novo Hospital Central e Universitário da Madeira, do programa das jornadas parlamentares fazia também parte uma visita a uma associação que apoia mulheres vítimas de violência doméstica, fazendo jus à temática principal que o PS elegeu para esta sessão legislativa.

“Elegemos a violência doméstica como tema da sessão legislativa e acompanhamos o combate à violência doméstica. Foi muito interessante percebermos o trabalho que é feito aqui com três casas de abrigo que são financiadas a partir do Orçamento do Estado da República", disse o deputado, que contornou a pergunta de um jornalista quando questionado sobre o atraso no pagamento de sete milhões de euros à Região Autónoma da Madeira relativamente às obras do novo Hospital Central e Universitário, que representa um investimento total de 350 milhões de euros e que deverá estar concluído em 2027. “Não podemos estar só a falar dos problemas. Os madeirenses, como a maioria dos portugueses, querem ouvir falar de soluções e não de problemas”, afirmou Brilhante Dias.

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