Filmes Tótem e Monte Clérigo vencem Festival FEST

Dos 240 filmes de 58 nacionalidades que foram exibidos, 183 estiveram em competição nesta 19.ª edição.

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"Tótem", da mexicana Lila Avilés dr

O filme Tótem, da mexicana Lila Avilés, conquistou neste domingo o Lince de Ouro, e Monte Clérigo, de Luís Campos, foi galardoado com o Grande Prémio Nacional do FEST - Festival Novos Realizadores Novo Cinema, anunciou a organização, em Espinho.

A decorrer desde 16 de Junho, o festival, que exibiu 240 filmes, realizou neste domingo a cerimónia de encerramento e o anúncio do palmarés com uma dezena de prémios e outras tantas menções honrosas para ficção, documentário, animação e experimental.

O Lince de Ouro foi atribuído à longa-metragem de ficção Tótem, de Lila Avilés (México/Dinamarca/França), que o PÚBLICO viu no Festival de Berlim.

When it Melts (Bélgica), de Veerle Baetens, sobre a controvérsia dos traumas de infância e a forma como definem a vida adulta, recebeu uma menção honrosa nesta categoria.

No cinema nacional, o Grande Prémio foi atribuído a Monte Clérigo, de Luís Campos, um filme sobre o olhar do cinema e a sua relação com o mundo que o rodeia, e houve menções honrosas para Cura#1, de Joana Peralta, sobre a expressão artística feminina, e Aplauso, de Guilherme Daniel, pela capacidade de "transformar um simples gesto num acto político".

Na categoria de documentário, o Lince de Ouro foi para Paradise, de Alexander Abaturov, sobre uma comunidade que luta sozinha pela sobrevivência, enquanto Man Caves, de Céline Pernet, recebeu uma menção honrosa pela "coragem no foco das mais variadas formas de masculinidade, revelando os oprimidos, sem julgar, mas também sem indulgência", segundo a justificação do júri.

O Lince de Prata na ficção foi atribuído a Heat Spell, de Marie-Pier Dupuis, escolhido "pela forma como retrata um lado mais negro da infância com recurso a uma excelente direcção de arte e fotografia, tudo unido por uma espantosa representação da criança protagonista", segundo o júri, que atribuiu ainda uma menção honrosa a Live, de Mara Tamkovich.

Na categoria da animação, o Lince de Prata foi para Searching Heleny (Brasil), de Esther Vital, "um original e poderoso retrato de um período doloroso do passado brasileiro", e houve menções honrosas para outros filmes, nomeadamente Swallow Flying to the South, de Mochi Lin, e This Will not be a Festival Film, de Julia OrliK.

No cinema experimental, o Lince de Prata coube a True Bug, de Tuisku Lehto, "uma inesperada e visualmente rica exploração dos habitantes do planeta", e também foram entregues menções honrosas a Folicular Images, de Ludivine Large-Bessette, e Rotterdam, don´t Leave us, de Guido FG Jeurissen.

O Lince de Prata para documentário foi para Hardly Working, de Total Refusal, sobre o mundo digital, com menções honrosas para Squid Fleet, de Will N. Miller, Dilema of Modern Sex Simultation, de Charlotte Bevilacqua.

A longa-metragem Crows are White, de Ahsen Nadeem recebeu o Prémio do Público, que também premiou a curta-metragem Will you Look at Me, de Shuli Huang.

O festival dirigido por Filipe Pereira encerra neste domingo com a entrega dos prémios e na segunda-feira decorrem sessões de exibição dos filmes vencedores.

Dos 240 filmes de 58 nacionalidades que foram exibidos, 183 estiveram em competição nesta 19.ª edição.