Líderes internacionais “atentos” à situação na Rússia, aliados disponibilizam ajuda
Prudência é a estratégia para as reacções internacionais aos acontecimentos na Rússia.
"A monitorizar", "atentos", "a seguir de perto": a larga maioria dos líderes e organizações internacionais como a NATO e União Europeia escolheu a precaução para os primeiros comentários à situação na Rússia, onde o grupo Wagner se rebelou contra as tropas de Putin e, aparentemente, domina pontos-chave em Rostov, uma cidade fundamental para a estratégia da ofensiva sobre a Ucrânia.
Ao mesmo tempo, começam a surgir apoios dos aliados de Putin, como a Tchetchénia, e na Rússia tanto instituições estatais como os líderes religiosos apelam à união.
Na Ucrânia aproveita-se para salientar a "fraqueza" de Moscovo e desejar que a instabilidade do outro lado da fronteira fragilize as tropas que ocupam o território ucraniano. Primeiro foi o assessor do Presidente Volodymyr Zelensky a escrever que "tudo está apenas a começar na Rússia". "A divisão entre as elites é muito óbvia. Chegar a um acordo e fingir que está tudo resolvido não vai funcionar", escreveu Mykhailo Podoliak no Twitter.
Pouco depois, Zelensky seguia a mesma estratégia de apontar as fragilidades russas. "Quem escolhe o caminho do mal destrói-se a si próprio ", apontou o líder ucraniano. "Há muito que a Rússia utiliza a propaganda para mascarar a fraqueza e a estupidez do seu Governo."
Everyone who chooses the path of evil destroys himself. Who sends columns of troops to destroy the lives of another country and cannot stop them from fleeing and betraying when life resists. Who terrorizes with missiles, and when they are shot down, humiliates himself to receive…
— ????????? ?????????? (@ZelenskyyUa) June 24, 2023
Em comunicado, o líder tchetcheno Ramzan Kadyrov anunciou que as suas forças armadas estão prontas para ajudar a pôr fim à rebelião do grupo Wagner, que classificou de "facada nas costas", e preparadas para usar "métodos duros". E apelou aos soldados russo que não cedam a "provocações".
Na Polónia, o escalar da tensão na Rússia fez reunir as mais altas instâncias, com o Presidente Andrzej Duda escreveu no Twitter que fazem o "acompanhamento permanente" do que se passa para lá da sua "fronteira oriental".
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, assim como os porta-vozes da Comissão Europeia, Eric Mamer, e da NATO Oana Lungescu quase parecem ter combinado os termos para uma primeira reacção: estão todos a "monitorizar a situação" e reiteram o seu apoio incondicional à Ucrânia. O mesmo afirmam os governos francês e alemão.
A líder do Governo italiano Giorgia Meloni considerou que a rebelião demonstra a instabilidade dentro da federação russa causada pela guerra na Ucrânia. Praticamente o mesmo que afirmaram os executivos da Suécia e da Finlândia — esta última concluiu recentemente o processo de adesão à NATO e tem 1340 quilómetros de fronteira com a Federação russa.