Crise climática: proliferação de plâncton matou milhares de peixes na Tailândia

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Peixes mortos na praia em Chumphon, Tailândia, a 22 de Junho de 2023, nesta fotografia obtida nas redes sociais Reuters/KANTAPHONG THAKOONJIRANON
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Peixes mortos na praia em Chumphon, Tailândia, a 22 de Junho de 2023, nesta fotografia obtida nas redes sociais Reuters/KANTAPHONG THAKOONJIRANON
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Peixes mortos na praia em Chumphon, Tailândia, a 22 de Junho de 2023, nesta fotografia obtida nas redes sociais Reuters/KANTAPHONG THAKOONJIRANON
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As alterações climáticas podem ter desencadeado uma proliferação de plâncton que causou a morte de milhares de peixes ao longo de uma extensão de 3 a 4 quilómetros de praia na província de Chumphon, no sul da Tailândia, segundo um especialista.

Thon Thamrongnawasawat, vice-director da Faculdade de Pescas da Universidade de Kasetsart, atribuiu a morte dos peixes encontrados na quinta-feira à proliferação de plâncton - um fenómeno natural que reduz os níveis de oxigénio na água e provoca a asfixia dos animais.

"Vários fenómenos naturais, como o branqueamento de corais ou a proliferação de plâncton, ocorrem naturalmente há milhares ou dezenas de milhares de anos. No entanto, quando ocorre o aquecimento global, estes fenómenos intensificam e aumentam de frequência", afirmou.

De acordo com as autoridades locais, a proliferação de plâncton ocorre uma ou duas vezes por ano e dura normalmente dois a três dias. As autoridades recolheram água do mar para posterior avaliação e análise.

A nível mundial, as ondas de calor marítimas tornaram-se uma preocupação crescente este ano, com milhares de peixes mortos a aparecerem nas praias do Texas e os peritos a alertarem para a proliferação de algas ao longo da costa britânica em resultado do aumento da temperatura do mar.

As temperaturas globais da superfície do mar em Abril e Maio foram as mais elevadas de que há registo para esses meses, de acordo com o British Met Office.

"Quer se trate da Austrália e de locais como a Grande Barreira de Coral ou mesmo de locais em Inglaterra que estão a sofrer ondas de calor marítimas bastante graves neste momento, esta situação vai ser realmente prejudicial para esses ecossistemas locais", avisa Sarah Perkins-Kirkpatrick, uma cientista climática da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália.