Quando Justyna Wydrzynska recebeu um pedido de ajuda de uma mulher que queria abortar, reconheceu nela muitas semelhanças com o seu próprio caso, ocorrido mais de dez anos antes. “Ambas estávamos perto das 12 semanas [de gravidez], ambas já tínhamos filhos, ambas vivíamos numa relação violenta”, explica. Ambas vivem na Polónia, um dos países europeus com mais limitações ao direito à interrupção voluntária da gravidez. Era Fevereiro de 2020 e estava iminente a imposição de medidas de contenção da pandemia da covid-19 que poderiam tornar impossível viagens ao estrangeiro ou o simples envio de encomendas.
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